Badosa contra os haters: «Não sei como é que há gente que me odeia e nem me conhece»
Paula Badosa passou por um processo de enorme crescimento no circuito feminino, passando de desconhecida a tenista do top 10. A espanhola ocupa neste momento o quarto lugar da hierarquia mundial, mas não esconde que passa por muitas dificuldades e até já teve de lidar com uma depressão.
PASSOU POR UMA DEPRESSÃO
Não tinha amadurecido o suficiente para saber controlar as minhas emoções. Lutei dois ou três anos com isso, foi muito duro. Não subia no ranking e perdia imensos encontros. Não conseguia ter uma rotina porque me sentia mal. Normalmente queremos ir ao cinema, estar com amigos, ir às compras, mas eu só queria ficar sozinha em casa.
CUIDAR DA SAÚDE MENTAL
Comecei a trabalhar com um psicológico e com gente que cuidou da minha saúde mental. Ajudaram-me muito. É a primeira coisa que tens de fazer quando te sentes assim. Mudei a minha equipa toda, foi um passo importante para mim. A minha prioridade foi ter por perto boas pessoas, a minha família também claro. O ténis é um desporto em que te sentes muito sozinha e quando tomas más decisões é importante receber o carinho.
DUREZA DAS REDES SOCIAIS
Sinto-me um pouco mal ao falar deste assunto porque sei que sou uma privilegiada por estar onde estou agora. As pessoas conhecem-me, gostam de mim e por isso seguem-me nas redes sociais e comentam tudo o que posto ou digo. Aprender a conviver com esta fama é um processo delicado, pois por mais fãs que tenhas acabas sempre por ligar mais aos ‘haters’. Custa-me a crer como é que alguém que não me conhece de lado algum pode odiar-me. É duro ver certas mensagens de ódio após cada derrota.