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As 13 superstições mais excêntricas do ténis
É sexta-feira treze e, de repente, só se fala em gatos pretos, espelhos partidos e passagens acidentais por debaixo de escadotes. O azar passa a ser a palavra mais ouvida do dia e, para prevenir fatalismos, evita-se entrar em casa com o pé esquerdo, cruzar os talheres à hora do jantar e manter gatos pretos por perto. Uma chatice? Pois bem, bem-vindo ao conturbado mundo dos tenistas.
Constantemente debaixo de intensa, sufocante e solitária pressão, os jogadores encontram em comportamentos irracionais e, por vezes caricatos, a via de escape necessária para aliviarem a tensão física e mental a que estão sujeitos dentro do court. O trabalho duro e frenético é o grande amigo das vitórias, pois claro, mas não há que facilitar quando o assunto é manter o azar longe da raquete.
Mas quem são os jogadores mais criativos quando se trata de encontrar estratégias para chamar até si a tão conveniente e sempre bem-vinda sorte? Para descobrir aqui e agora:
O top-13 das superstições mais excêntricas do Ténis
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13. Jelena Dokic: A que está à esquerda do árbitro
Porquê ter uma, quando se pode ter várias? Retirada em 2014, a australiana fazia por se sentar sempre à esquerda do árbitro, nunca olhava para o quadro mais do que uma vez por ronda e, na hora de servir, batia com a bola no court cinco vezes antes do primeiro serviço e duas vezes antes do segundo.
12. Novak Djokovic: bola no chão e companhia do cão
O sérvio não gosta de usar o mesmo chuveiro duas vezes no mesmo torneio, mas quando se trata de preparar o serviço, Novak Djokovic tolera(va) – e bem – as repetições. Atualmente está bem mais controlado, mas em 2007, durante a Taça Davis, o sérvio chegou a bater 39 vezes com a bola no chão antes de servir. Djokovic não dispensa ainda a companhia do seu cão Pierre durante o torneio de Wimbledon.
11. No serviço é que está o ganho, por Maria Sharapova
A russa não pisa as linhas no intervalo dos pontos e tem um ritual muito próprio na hora de servir: vira as costas à adversária, ajeita as cordas da raquete, pede a bola, toma a posição de serviço, dá pequenos salto, lança um olhar matador para o outro lado do court, ajeita o cabelo, bate a bola duas vezes no chão (devagar, que o tempo é todo dela) e só depois se sente preparada para servir. Do azar pode livrar-se, mas não do mau-olhado das adversárias.
10. Não às linhas, sim ao mesmo restaurante
A retirada Ana Ivanovic, além de também não ter sido muito dada a pisar as linhas do court nos intervalos dos pontos, tinha por hábito comer no mesmo restaurante durante a semana e gostava de usar o mesmo chuveiro e a mesma casa-de-banho nos torneios.
9. Serena Williams e as meias por lavar
Para quem tem por hábito dominar o circuito sem recurso a grandes apoquentações, a norte-americana de 36 anos parece dar demasiada importância a pormenores. Serena ata os cordões dos ténis sempre de uma determinada forma, bate a bola cinco vezes antes do primeiro serviço e duas antes do segundo e, no início da sua carreira, usava as mesmas meias – sem as lavar – até que o título (ou a derrota) chegasse.
8. Dominika Cibulkova: o segredo está no odor felpudo
“Eu não beijo a bola, eu cheiro-a. Adoro o cheiro de bolas novas e acho que isso me vai trazer sorte”. Ah, bom, assim faz muito mais sentido…
7. Roger Federer: o número da sorte
Ah! Pensavam que o campeão dos campeões não era dado a coisas do além, não era? Ora, Federer tem uma ligação muito especial com o número 8. O suíço serve sempre 8 vezes antes de cada encontro, e há quem diga que prepara sempre 8 garrafas de água para cada embate e carrega sempre oito raquetes no seu saco.
6. Lindsay Devenport e a discriminação de troféus
A norte-americana não levantou nenhum troféu acima da cabeça antes de ganhar o Open dos Estados Unidos, em 1998. As taças que venceu antes desse ano, foram levantadas por Devenport até à zona da orelha ou exibidas junto ao peito.
5. Richard Gasquet e a bola da sorte
Aqui vai uma das mais óbvias do ténis atual: quando ganha o ponto, Gasquet quer servir exatamente com a bola que usou anteriormente, nem que ela tenha ido para o lugar mais recôndito do court. Sorte a dele, azar dos apanha-bolas.
O jogador gaulês tem ainda por hábito mudar de overgrip (com uma rapidez supersónica) em todas as trocas de lado e acontece com frequência tocar com a raquete na linha de fundo antes de se colocar em posição de receber o serviço do adversário.
4. Linhas, garrafas e roupa interior – Rafael Nadal, quem mais?
Resumindo, se não tínhamos aqui conversa até ao ATP Finals (alerta: hipérbole): Nadal entra sempre com a raquete na mão esquerda, nunca pisa as linhas quando deambula pelo court e usa sempre primeiro o pé direito para as transpor; é sempre o último dos jogadores a saltar da cadeira e a passar pela rede na mudança de lado; nunca dispensa o sprint depois do sorteio à rede e dá uma dentada em todos os troféus que ganha.
[Tomar fôlego] As garrafas de água são religiosamente colocados no mesmo sítio onde estavam antes de as usar, com o rótulo virado para o court. Antes de servir, Nadal limpa a linha de fundo com o pé (se estiver a jogar em terra batida), bate com a raquete na sapatilha, ajeita a roupa interior na zona traseira para logo depois compor a camisola no ombro, coloca o cabelo atrás das orelhas e, por fim, coça o nariz. O processo repete-se quando responde ao serviço. Ufa.
3. Rafael Nadal, parte II: As superstições ocasionais
É dono de um apetrechado arsenal de tiques que o acompanham diariamente, mas o maiorquino não facilita quando se trata de ocasiões especiais. Posto isto, chegou ao Rio de Janeiro, no Brasil, devidamente prevenido para os Jogos Olímpicos, no ano passado. Durante a caminhada que desembocou na medalha de ouro em pares, conquistada ao lado de Marc López, Nadal fez aquilo que… só visto:
“Se a dupla espanhola estivesse a servir do lado esquerdo, ele ia até o último aro do mesmo lado, ficava em cima, pisava o da frente em seguida, e só então voltava para dentro do court. Se o serviço fosse à direita, ele mudava o lado e fazia a mesma coisa. Quando pedia mais bolas ao apanha-bolas do outro lado, ele pisava dentro de cada um dos três aros superiores antes de pisar um dos inferiores e daí partia para o serviço” [Globo Esporte].
2. Andre Agassi e a roupa interior esquecida
A história é simples e conta-se rapidamente (e pode ler-se na sua autobiografia intitulada ‘Open’). Em 1999, o jogador de Las Vegas, por esquecimento, entrou em court para disputar a primeira ronda de Roland Garros sem roupa interior. A vitória não lhe escapou e, para não afugentar as seguintes, Agassi não voltou a usar cuecas até colocar a mão na Taça dos Mosqueteiros. Um título solitário, mas conquistado com grande “à vontade”…
1. Goran Ivanisevic e os Teletubbies
Mais uma história do arco-da-velha. É meio longa, mas fascinante. Ora atentem: em 2001, Goran Ivanisevic contraiu uma lesão no ombro e só chegou a calcar a relva de Wimbledon graças a um wildcard da organização. Passo a passo, o croata foi avançando no torneio londrino e, às tantas, obrigou-se a repetir o mesmo programa todos os dias. O ritual consistia no seguinte: meia hora de Teletubbies (os desenhos animados, esses mesmo) todas as manhãs no hotel, treino ou encontro à tarde, e a mesma refeição todas as noites: sopa de peixe, borrego assado com batatas fritas e gelado com calda de chocolate. O final da história já nós sabemos. Venceu Patrick Rafter na final para conquistar aquele que seria o seu único Grand Slam da carreira. Uau.
Fontes: British GQ, Bleacher Report, Mens Fitness, The Sydney Morning Herald
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