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Argentino, ex-top 50, diz que o circuito ATP está feito para europeus e americanos
Martín Vassallo Arguello, tenista argentino, retirado em 2011 aos 31 anos, lançou algumas reflexões interessantes sobre o ténis argentino, em entrevista concedida ao Tenniszone.com. Entre elas, abordou a ideia de que ser de um país periférico, como a Argentina, não facilita a afirmação de um desportista.
“Ser de um país sul-americano gera dificuldades para chegar à elite porque há que ter em conta que o desporto está feito para os Estados Unidos e a Europa”, refere, alegando a escassez de torneios importantes no seu continente. “A vida social de alguém que se quer dedicar ao ténis é muito distinta da de qualquer outro jovem. Ficas sem viagens com amigos, com fins-de-semana a competir, a treinar e a ter que cuidar muito da alimentação”.
Mais concretamente em relação ao estado do ténis na Argentina, Vassallo Arguello comenta da seguinte forma. “O ténis argentino é muito respeitado por sobrepor-se às adversidades. Este desporto tem muita tradição aqui e continuamos a ser uma grande potência. Há poucos países que tenham a quantidade de jogadores no top-100 e top-200 como nós temos”. A Argentina conta, de momento, com sete jogadores entre os 100 melhores da hierarquia mundial.
“Há jogadores jovens que estão a trabalhar muito bem e a camada da década de 90 pode dar-nos muitas alegrias, mas temos que continuar a trabalhar muito para renovar o ténis argentino”, refere Vassallo Arguello em relação ao desenvolvimento dos jovens tenistas no seu país, ele que é treinador na Associação Argentina de Ténis (AAT). Por fim, em relação à grande figura do ténis da Argentina na atualidade, Juan Martín Del Potro, o argentino não tem dúvidas. “Sem ele teria sido impossível ganhar a Taça Davis, mas houve um excelente acompanhamento por parte de toda a equipa”, admite.
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