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Andy Murray: «O Ivan é o melhor treinador que eu já tive»
As negas foram muitas mas Andy Murray não desistiu e Ivan Lendl cedeu. Teve Grigor Dimitrov e Tomas Berdych a bater-lhe à porta depois de ter abandonado a equipa técnica do escocês, mas foi para a comitiva do número dois britânico que o treinador de origem checa regressou dois anos depois de terem rumado em direções opostas.
O tempo que estiveram separados não chegou, de todo, para Murray esquecer os mais de dois anos de glória que resultaram da parceria. “O Ivan é o melhor treinador que eu já tive”, revelou Murray numa extensa entrevista concedida ao “The Telegraph”. “No desporto, temos de nos basear nos resultados para sabermos o quão bom alguém é, e os resultados que eu tive com o Ivan foram os melhores”.
“Naquela altura, eu não tinha vencido nenhum Grand Slam. O Ivan tinha passado por muitas das mesmas coisas do que eu, e falar com alguém como ele, alguém que demonstrava ser incrivelmente forte mentalmente foi bom. Foi com saber que ele se sentia mal antes das finais do Grand Slam e que tinha falhado muitas vezes”, acrescentou o escocês de 29 anos.
As semelhanças uniu-os da forma mais vencedora possível. Com Ledl do seu lado, Murray conquistou o Open dos Estados Unidos, o torneio de Wimbledon e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres.
É bom ter alguém por perto que relativize os falhanços, que diga ‘não faz mal perder’
“Ele perdeu 11 finais do Grand Slam, eu já perdi oito, que eu preferia não ter perdido, mas há jogadores melhores do que eu que perderam mais. É bom ter alguém por perto que relativize os falhanços, que diga ‘não faz mal perder’, em vez de ‘oh, que desastre’. Com o Ivan, tem tudo a ver com aprender com os erros, aprender com as derrotas”.
A gratidão que o campeão de dois títulos do Grand Slam sente pelo seu ex e atual treinador é palpável em cada elogio que tece. “Perdi para o Novak [Djokovic] no primeiro Grand Slam em que estive com ele, em 2012, no Open da Austrália”.
“Sentámo-nos no dia seguinte e ele disse-me, ‘eu sei que, provavelmente, não queres fazer isto hoje, porque foi um encontro brutal entre outras coisas, mas eu não estaria a fazer o meu trabalho corretamente se não te dissesse o que eu considero que fizeste mal e o que podes fazer para melhorar’. Não há muitos treinadores que tenham feito isto depois de uma derrota tão dura”, concluiu.
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Para já, a química entre Murray e Lendl parece não ter sido afectada pela separação. Os dois recomeçaram a trabalhar juntos esta semana, na relva do Queen’s Club, tendo em vista o torneio de Wimbledon, e para já, melhor não podia ter corrido. O britânico disputa este domingo a final, diante de Milos Raonic, com os olhos colocados no quinto título no tradicional torneio londrino.
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