Andy Murray: «Estou em boa posição para vencer o Australian Open»
Andy Murray chega a Melbourne para disputar a 105.ª edição do Open da Austrália com níveis de favoritismo e credibilidade que nunca antes experimentou, depois de um arrebatador final de 2016 que o transportou para o pináculo do ténis.
Tem, por isso, motivos fortes não só para se sentir suficientemente bem na sua pele e recusar, desde logo, o título de Sir, como para aceitar o estatuto de principal candidato ao título. “Estou mais do que satisfeito por ser apenas o Andy, isso basta”, começou por dizer o escocês de 29 anos na conferência de imprensa de antevisão do Grand Slam inaugural da temporada.
“Sinto-me muito confiante depois da forma como terminei a época passada. Estou, com certeza, em boa posição para vencer. Tenho uma boa oportunidade para triunfar aqui. Adoro isto, adoro as condições. Tenho jogado muito bem aqui nos últimos anos, e tem faltado apenas ultrapassar a final”, frisou Murray, a quem o título já escapou em cinco ocasiões.
O britânico acredita que a chave para continuar aumentar o número de majors no seu palmarés e a exibir o ténis que o fez chegar a número um é não cair no erro de se encostar ao trono da hierarquia. “Acho que é uma questão mental, porque é muito fácil pensar-se que basta manter o que se tem feito quando se chega a número um”.
“Mas, na verdade, o desporto está sempre a evoluir, o jogo evolui. Eu estou a ficar mais velho, e os jovens jogadores continuam a melhorar, e o Novak [Djokovic], o Roger [Federer], o Stan [Wawrinka] e o Rafa [Nadal], e todos os outros jogadores de topo, vão lutar para lá chegar.”
“Eu tenho de continuar a melhorar, e a trabalhar intensamente – não necessariamente mais do que tenho feito – mas tenho de ter a consciência de que preciso de evoluir e melhorar. Tentar livrar-me das fraquezas que ainda tenho no meu jogo”, rematou Murray, que tem como primeiro obstáculo em Melbourne Park o ucraniano Illya Marchenko.