Alcaraz: «Ser número um não significa que vou ganhar todos os meus jogos e torneios»

Carlos Alcaraz, número um mundial, deu sinais muito positivos na sua qualificação para os quartos de final do ATP 1000 de Paris, depois de ter arrasado Grigor Dimitrov, naquela que foi uma das melhores exibições do espanhol nos últimos tempos. E, sem surpresas, o jovem de 19 anos estava muito satisfeito no final do encontro.

ANÁLISE AO ENCONTRO

Diria que joguei muito melhor que o meu primeiro encontro aqui. Pouco a pouco estou a habituar-me às condições daqui e significa muito para mim chegar aos quartos de final deste evento. Aproveitei que o nível do Grigor este longe do habitual durante grande parte do encontro e soube responder ao desafio que foi o segundo set, quando ele melhorou de forma repentina e teve oportunidades para escapar no marcador. Por sorte, mantive a calma e a concentração e fui capaz de dar o meu melhor ténis para não levar break no sétimo jogo.

COMPETIR ENQUANTO NÚMERO UM

É uma sensação muito bonita saber que estás no mais alto, sentir que és o melhor tenista do mundo. Mas tenho claro que é só um número. Posso perder contra qualquer um e estar no topo do ranking não significa que vou ganhar todos os jogos e torneios que disputo. Para mim, o mais importante é assumir que se não jogar ao mais alto nível vou perder contra qualquer um. Isso é o que me ajuda nestes momentos a continuar a trabalhar. Está a ser um grande ano para mim e adorava acabar da melhor forma. Depois vou fazer o que faria em qualquer outro ano. Ir de férias e fazer uma boa pré-temporada antes de ir para a Austrália.

PRESENÇA DA FAMÍLIA EM PARIS

É um grande prazer para mim ver os meus pais a apoiarem-me na bancada. É complicado estarem em muitos torneios e vê-los na minha box durante esta semana é muito emocionante. Levantar o troféu que me deram por ser número um à frente deles foi algo realmente especial. Não sinto que tenha sacrificado muitas coisas por me dedicar ao ténis. Treinei duro e, por vezes, não saí tantas vezes como queria com os meus amigos mas aprendi a desfrutar do tempo com eles.

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