Alcaraz: «O meu pai e o meu avô sempre me disseram que as finais não se jogam, ganham-se!»

Alcaraz: «O meu pai e o meu avô sempre me disseram que as finais não se jogam, ganham-se!»

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 24, 2022
alcaraz

Depois de uma meia-final de quase quatro horas, Carlos Alcaraz fechou mais uma semana de sonho, desta feita ao conquistar o ATP 500 de Barcelona, o mítico Trofeo Conde de Godó. Em plena Pista Rafa Nadal, o jovem de 18 anos superou Pablo Carreño Busta, já depois de ter batido Alex de Minaur numa meia-final de quase quatro horas no início do dia.

“É impossível acabar melhor a semana. Foi uma grande final da minha parte, o meu melhor encontro de toda a semana. Estou super feliz. Depois de uma meia-final de quase quatro horas de manhã, tive menos tempos de recuperação do que o Pablo, mas tirei isso como vantagem no sentido de querer fazer tudo muito claro e entrar com tudo. Fui agressivo”, constatou.

Mas como é que se recupera de um esforço tão grande? Alcaraz explicou a rotina. “Depois de ganhar a meia-final, estive 15 minutos na bicicleta para recuperar, bebi o batido que bebo depois de todos os meus encontros, fui ao balneário, comi e dormi uma sesta de meia hora”, afirmou.

Na conferência de imprensa de coroação do campeão, Alcaraz falou ainda sobre algo que se diz na família que fez a diferença. “O meu pai e o meu avô sempre me disseram que as finais não se jogam, ganham-se! Assumo isso como tendo de ir à procura dos pontos, tem de depender de mim se ganhou ou perco. Tentei pensar em todos os momentos que tinha de atacar”, considerou.

Por fim, Carlitos foi questionado sobre até onde pode chegar. “Os limites és tu que os metes a ti próprio e eu não quero meter nenhum limite. Não quero tocar no teto ainda, quero continuar a jogar ao nível em que tenho estado a jogar. Se estiver assim, posso continuar a ganhar e a ter oportunidade de derrotar os melhores e ganhar torneios. É isso que quero”, apontou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt