Alcaraz e as comparações com Nadal: «Tento não ir às redes sociais»

Alcaraz e as comparações com Nadal: «Tento não ir às redes sociais»

Por José Morgado - fevereiro 9, 2021
alcaraz-ausopen-press

Carlos Alcaraz, jovem espanhol de apenas 17 anos que esta terça-feira se tornou no primeiro tenista nascido em 2003 a ganhar num torneio de Grand Slam, passou pela sala de conferências de imprensa principal de Melbourne Park no final do encontro e mostrou-se naturalmente contente com a passagem à segunda ronda.

“Estou muito contente. É o meu primeiro Grand Slam e a minha primeira vitória. Tentei divertir-me, jogar o meu ténis e foi exatamente isso que fiz. Venha a segunda ronda. Estou surpreendido pela forma como geri o encontro”, confessou em declarações após o triunfo diante de Botic Van de Zandschulp.

O jovem de Múrcia assegura que conseguiu lidar bem com a pressão do seu primeiro encontro em Grand Slams, recordando que nunca tinha competido à melhor de cinco sets. “Dormi bem. Acordei um pouco nervoso, aqueci e estava um pouco tenso, mas depois dos dois primeiros jogos senti-me bastante melhor e joguei muito bem. Foi o meu primeiro encontro à melhor de cinco sets, mas só joguei três. Espero não ter de jogar um quinto”

Carlitos não fugiu à pergunta sobre as naturais comparações com Rafael Nadal. “Eu tento focar-me em mim e não nas redes sociais. Jogo o meu ténis, preocupo-me com a minha equipa, a minha família e estar alheio daquilo que se fala, das comparações com o Nadal. É isso que tento fazer. Posso aprender com o Rafa a sua intensidade no treino. Da primeira à última bola. Ele é um grande exemplo.”

O melhor amigo do jovem de 17 anos no circuito é, no entanto, outro espanhol, com quem treina muitas vezes na Academia de Juan Carlos Ferrero. “O Pablo Carreño é como um irmão. É muito especial para mim ter alguém como ele a ajudar-me, a ver os meus encontros, a dar-me conselhos.

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com