Alcaraz se desesperou em Miami: "Vieram muitos pensamentos na minha cabeça..."

Alcaraz se desesperou em Miami: “Vieram muitos pensamentos na minha cabeça…”

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 16, 2025

Carlos Alcaraz está na crista da onda neste momento, depois de conquistar o Masters 1000 de Monte Carlo pela primeira vez na carreira. No entanto, foi preciso dar resposta a uma mini-crise, com uma derrota dura de digerir frente a Jack Draper em Indian Wells e outra ainda pior diante de David Goffin em Miami. Ora, o agora número 2 do mundo não escondeu que tudo lhe custou muito.

“Em Indian Wells considerava que estava jogando bem e fora de quadra estava bastante tranquilo. A derrota contra Draper doeu muito. Depois chego em Miami e a derrota contra Goffin foi a gota d’água. Foi preciso parar, sentar e ver o que estava acontecendo. Esse momento me ajudou muito. É nos maus momentos que se aprende. Aprendi, principalmente, a focar no que é importante. Tem  muitas coisas que damos importância e que talvez realmente não sejam. Disse o que é realmente importante no tênis para mim e vou seguir nessa linha”, começou por dizer em entrevista à Marca.

Além de confessar que se pode dizer que bateu no fundo e que nem sabia o que dizer aos jornalistas após a derrota contra Goffin, Alcaraz explicou que muita coisa lhe passou pela cabeça. “Nessas situações pensa muitas coisas e quando é tão recente algo que te doeu, nunca pensa com perspectiva. Vêm muitos pensamentos à cabeça. Parar, parar um semana, não ir a um torneio, parar vários meses, continuar a treinar, tirar umas férias e treinar depois para o que vem. Vieram muitos pensamentos à minha cabeça e uma das melhores coisas que fiz foi tirar vários dias de descanso e ter a oportunidade de pensar com clareza e ver as coisas com perspectiva para decidir”, acrescentou.

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Por outro lado, também abordou a pressão que já disse ter sentido com Jannik Sinner suspenso. “Em cada coletiva de imprensa me recordavam disso. A mim e a Zverev, depois de um jogo, nos faziam alguma pergunta de Sinner não estar e que tínhamos a oportunidade de chegar a número 1. É normal que perguntem, depois depende de ti como gerir. Eu tentava não prestar atenção, mas emocionalmente me afetava querer fazer bons resultados para chegar lá. Aprendi a focar no que é importante e o ranking não é algo importante agora”, concluiu.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt