Agassi sobre Kyrgios: «Se não está bem mentalmente, é indiferente o talento que ele tem» - Bola Amarela Brasil

Agassi sobre Kyrgios: «Se não está bem mentalmente, é indiferente o talento que ele tem»

Por admin - fevereiro 23, 2017
Andre-Agassi

Nick Kyrgios continua a ser motivo de conversa pelo mundo fora e desta vez, a mais recente glória do ténis mundial a deixar a sua opinião sobre o australiano, foi nada mais, nada menos, que o ex número um mundial, Andre Agassi. 

O norte americano, questionado a dar um possível conselho a Kyrgios, foi claro: “Não passo muito tempo a dizer às pessoas aquilo que devem fazer. Ele já foi muito peremptório ao dizer que o ténis não é a sua atividade preferida e creio que é uma boa notícia ele admitir neste momento” , referiu Agassi, reforçando que quando se tem uma dúvida tão grande como esta, tudo é muito imprevisível.

Não estou seguro das razões dos seus conflitos, mas se está perante um conflito fundamental como é amar ou não o jogo, tudo é muito imprevisível. Quando tudo vai bem, vês o bom que o ténis te oferece, mas quando não é assim, as tuas dúvidas sobre se amas ou não, crescem. Para mim que estou de fora, é o que parece que está a acontecer”, comentou, mostrando compreensão com o número um australiano.

Agassi teve ainda tempo, para dar a sua opinião sobre a parte mais emocional, algo que, na sua opinião, deve ser algo em que Kyrgios deve dar atenção. “Se as suas metas e objetivos são potencializar os seus talentos, tem que começar pela raiz, ver o porquê da sua desconexão com o jogo em si. Se não está bem mentalmente, é indiferente o talento que ele tem. Alguém tem que chegar ao coração da sua desconexão e ajudar-lhe a chegar a um acordo com ele”, analisou o vencedor de oito títulos do grand slam.

Por último, para Agassi, se não for Kyrgios a ‘remar contra a maré’, não há solução possível para o australiano: “Ele tem que querer por si mesmo. O Kyrgios até pode estar muito bem com a forma em que vive, com a forma em que se sente, com a sua maneira de jogar e com o que a vida lhe dá. Se esse é o caso, não importa o quão bom treinador tu és. Não se pode treinar alguém que não quer ser treinado”, concluiu.