A um mês de completar 30 anos, Sousa admite: «Evoluir é como uma droga»

A um mês de completar 30 anos, Sousa admite: «Evoluir é como uma droga»

Por José Morgado - fevereiro 7, 2019

João Sousa está prestes a celebrar o 30.º aniversário e diz ambicionar jogar a um nível cada vez mais elevado e aproximar-se dos jogadores que dominam o ténis mundial nos anos que lhe restam no circuito ATP.

“Gostava de ser melhor jogador, tentar jogar melhor contra os melhores do Mundo, como já o fiz muitas vezes, mas sentindo estar mais próximo do nível deles e que os posso vencer, como já aconteceu também. Acho que é a ambição de todos os jogadores, poder fazer bons resultados e evoluir. É como se fosse uma droga, sentir-se jogador, a jogar bem, competitivo… é o que mais desejo e ambiciono“, confessou, em declarações à agência Lusa.

Longe de “imaginar quantos anos lhe restam de circuito”, o vimaranense, 39.º do ranking’mundial, assegura que vai “continuar a jogar enquanto o corpo permitir, tiver vontade de competir, de estar no circuito e apreciar o estilo de vida” que tem. “Enquanto estiver bem fisicamente, motivado e com vontade de melhorar e jogar ténis, vou continuar. Não sei se por mais dois ou quatro anos. Mas o meu objetivo é jogar por mais alguns anos”, afirmou o número um português.

Sousa saiu de casa dos pais em Guimarães aos 15 anos para apostar numa carreira profissional e, embora tenha passado metade da sua vida em Barcelona, onde reside desde então e conheceu a sua namorada há cerca de 10 anos, é em Portugal que se imagina a plantar o seu futuro. “Sempre tive o objetivo de voltar e estar mais próximo da minha família, não sei se em Guimarães ou se em Lisboa, por exemplo, mas quero voltar para Portugal. Imagino-me casado, com filhos, dois ou três, e oxalá possa estar ligado ao ténis. Não sei se com uma Academia, se como selecionador nacional, se como treinador, mas quero manter-me ligado a esta modalidade que amo e à qual posso transmitir alguma coisa da minha aprendizagem”, projetou.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com