A reflexão do surpreendente Karatsev: «Recomendo todos a verem mais o circuito Challenger»

A reflexão do surpreendente Karatsev: «Recomendo todos a verem mais o circuito Challenger»

Por Nuno Chaves - abril 28, 2021
Karatsev
DUBAI, UNITED ARAB EMIRATES – MARCH 18: Aslan Karatsev of Russia celebrates a point in his Quarter-Final singles match against Jannik Sinner of Italy during Day Twelve of the Dubai Duty Free Tennis Championships at Dubai Duty Free Tennis Stadium on March 18, 2021 in Dubai, United Arab Emirates. (Photo by Francois Nel/Getty Images)

Aslan Karatsev está a ser a grande revelação da temporada de 2021. O tenista russo iniciou a época fora do top 100, no entanto, em pouco mais de três meses de competição já subiu até ao 27.º posto do ranking ATP.

Mas, afinal, qual é o segredo para um jogador saltar para a ribalta apenas aos 27 anos? Karatsev explicou tudo. “Tudo o que me está a acontecer não vem de agora, não saiu do nada. Houve muito, muito trabalho, mesmo que só esteja a acontecer aos 27 anos. Sim, tive umas lesões e problemas com viagens mas agora estou a fazer um grande trabalho com o meu treinador. Estamos juntos há dois anos e meio, a trabalhar muito e isso está a dar frutos em 2021, mas não significa que tenha sido como: ‘oh, deu frutos de repente, saiu do nada'”, afirmou Karatsev, durante a sua participação no ATP 250 de Belgrado – perdeu na final.

O quinto melhor jogador da presente temporada também aproveitou para deixar uma reflexão muito interessante sobre os Challengers. “Recomendo todos a verem mais o circuito Challenger. Se fossemos a comparar com o circuito ATP… diria que são todos os mesmos jogadores. Sim, talvez não possas comparar com o top 50 ou os jogadores de topo, mas o nível de ténis é praticamente o mesmo”, referiu.

“Quando disputas alguns Challengers mais fortes, o nível de ténis é de top 7o ou top 80, esses jogadores estão aí. Talvez tenhas mais algumas oportunidades para recuperar e voltar a entrar no jogo, enquanto que nos melhores torneios ATP, se falhas um par de bolas eles fecham-te a porta”, continuou.

“Essa é a principal diferença, mas não há mais nada. Os jogadores de topo são super profissionais e consistentes jogam cada bola e tens de estar aí. Nos Challengers é praticamente o mesmo. Também a nível mental os jogadores top são incrivelmente fortes, tens de estar a outro nível mental e físico. Creio que essa é a diferença”, concluiu.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.