Swiatek sobre caso do doping: "O pior era o que as pessoas iam dizer"

Swiatek sobre caso do doping: “O pior era o que as pessoas iam dizer”

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 10, 2025

Iga Swiatek nunca irá esquecer a sequência de eventos desde o dia em que foi notificada sobre ter testado positivo em um teste antidoping. A número 2 do mundo falou sobre isso antes de sua estreia no Australian Open e não deixou nada por dizer.

“Fui a primeira surpreendida. Não sabia se a minha suspensão ia ser rápida ou não. As três primeiras semanas foram bastante caóticas. Não havia maneira de ter respostas. Nos focamos em encontrar a fonte, não foi fácil. Provavelmente foi o pior momento da minha vida. O fato de não ter tido nenhum teste sobre toda esta situação nem possibilidade de a evitar tornou tudo pior porque sou um pouco obcecada por controle”confessou em coletiva de imprensa.

“Ter a sensação de que tudo o que construí pode desaparecer tão rapidamente por algo sobre o qual não tenho controle foi uma loucura para mim. Estou contente por ter acabado e poder jogar e estar aqui. Todo este processo foi bastante abstrato para mim. Especialmente quando sei que não fiz nada e nem fazia ideia que alguns medicamentos podiam estar contaminados. Tenho sempre cuidado, não fazia ideia de que isto me podia acontecer”, destacou.

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Por outro lado, Swiatek revelou o que mais lhe doía. “Além de não poder jogar, o pior para mim era o que as pessoas iam dizer. Sempre trabalhei duro para ser um bom exemplo, para mostrar a minha integridade, mostrar bom comportamento. Não ter nenhum controle me assustou, mas no vestiário as jogadoras foram excelentes. Vi na exibição em Abu Dhabi que me apoiam muito. A maioria até veio em perguntar como se pode evitar isto, se há forma de ter mais cuidado. Se preocupam que possa acontecer com elas também. Há muitas jogadoras importantes que me apoiam de verdade. Agradeço muito”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt