Brooksby revela que tem autismo: "Era não verbal até os quatro anos"

Brooksby revela que tem autismo: “Era não verbal até os quatro anos”

Por Pedro Gonçalo Pinto - dezembro 20, 2024

Jenson Brooksby já é um nome conhecido do tênis mundial. Afinal de contas, falamos de alguém que foi número 33 do mundo há dois anos e meio, antes de ver uma série de acontecimentos negativos se acumularem: foi operado nos dois pulsos em meados de 2023, em outubro foi suspenso por 18 meses por ter faltado a três controles antidoping, viu a pena ser reduzida para terminar em março de 2024, mas se lesionou no ombro quando estava quase voltando. Contas feitas, o norte-americano se prepara para voltar agora a competir, mas aproveitou o momento para fazer uma revelação importante e marcante: vive com… autismo.

Isso mesmo. Brooksby foi diagnosticado com autismo desde muito cedo e detalhou tudo nas redes sociais. “É momento de compartilhar algo que mantive em silêncio durante toda a minha vida. Fui diagnosticado com um nível severo do espectro autista quando era criança e era não verbal até os quatro anos. Precisava de 40 horas de terapia por semana. A minha mãe nunca desistiu e fez tudo o que podia para me ajudar. Não estaria aqui se não fosse por ela e tenho muita sorte por ter pais que nunca desistiram”, revelou.

Um verdadeiro exemplo de superação. “Decidi que este seria o momento de contar a minha história e espero que possa inspirar mais famílias a não desistirem. Os últimos 23 meses foram muito difíceis para mim, mas estou cercado de boas pessoas que acreditaram em mim. Sou muito grato por voltar ao tênis profissional na Austrália. Vejo vocês em breve”, concluiu.

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Em entrevista à AP, Brooksby explicou o porquê de ter feito esta publicação. “Eu só quero que as pessoas me conheçam por quem sou completamente, e essa é outra parte de mim. Fiquei muito tempo sem jogar e tive que pensar muito. Demorou um pouco para me habituar à ideia. É um tema pessoal que, mesmo com pessoas com quem você pode se sentir muito confortável, não era algo para simplesmente falar. Mas pensei sempre sobre isso e eventualmente só queria poder contar”, comentou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt