Berdych: "Tive muita sorte de ter jogado com o Big Four"

Berdych: “Tive muita sorte de ter jogado com o Big Four”

Por José Morgado - dezembro 19, 2024
berdych

Tomas Berdych, o melhor tenista tcheco do século, compartilhou geração com o Big Four do tênis mundial, mas se muitos se queixariam da pouca sorte, o tenista de Prostejov considera que para ele… foi um privilégio coabitar em quadra com Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray.

Sou alguém muito realista. A minha abordagem geral em relação ao tênis era a de que eu poderia tirar o máximo proveito de mim mesmo. Se isso significasse estar entre os 100 primeiros, ótimo. No Top 50? Perfeito, fosse o que fosse. Para conseguir isso, é necessário uma boa equipe técnica… mas bons adversários. Os oponentes fazem de nós um jogador melhor. Se tem adversários de nível muito alto e não quer, então tem que atingir o nível deles. É assim que, basicamente, os rivais extraem mais de nós. Caso contrário não seria necessário. Acho que tive muita, muita sorte em muitos aspectos de poder, antes de tudo, jogar contra todos eles e fazer parte desta era histórica, foi algo muito especial e único. Eles também tiraram máximo proveito disso”, confessou numa interessante entrevista ao site ‘Tennis Majors’.

Berdych, que é o novo capitão tcheco da Copa Davis, vê com interesse a parceria entre Novak Djokovic e Andy Murray. Será muito interessante ver os dois juntos do mesmo lado. Honestamente, tenho muita sorte de ter jogado contra eles e agora poder vê-los do mesmo lado da quadra com o Andy como treinador. Quem sabe como vai funcionar? Eu fazia parte daquela geração, mas ainda era eu quem tentava alcançá-los, quem tentava vencê-los de vez em quando. Eles eram rivais e agora estão na mesma equipe. Eu conheço eles e sei o quão profissionais são. Vamos ver como corre em termos de química”.

E será que Berdych alguma vez se arrependeu da aposentadoria? No final de 2019, senti que estava farto de tênis e precisava de uma pausa, mental e fisicamente. Queria fazer outras coisas, me distrair e mudar um pouco a minha vida. Agora estou com o desafio da Copa Davis que sinto que aparece no momento certa. Vai ser bom.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com