Medvedev: "Um ídolo? Sou o Daniil Medvedev, meu próprio ídolo"

Medvedev: “Um ídolo? Sou o Daniil Medvedev, meu próprio ídolo”

Por Nuno Chaves - outubro 14, 2024

Daniil Medvedev está tendo um ano abaixo do esperado, já que ainda não conquistou nenhum título, mas isso não o impede de continuar sendo fiel a si mesmo. O tenista russo concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação local e falou sobre os momentos mais difíceis da temporada, além de mencionar seus ídolos ou, neste caso… a falta deles.

SEM ÍDOLOS

As pessoas sempre me perguntam se eu já tive um ídolo. Gostei de muitos jogadores, mas um ídolo? Na verdade, não. Eu sou o Daniil Medvedev. Não importa se chego ao top 10 ou não, continuo sendo o Daniil Medvedev. De certo modo, sou meu próprio ídolo. Estou vivendo esta vida, então por que deveria idolatrar outra pessoa? Houve muitos momentos difíceis, momentos felizes, momentos tristes. Às vezes você chora, outras vezes ri, mas tudo faz parte da sua vida.

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MELHOR ANO DA CARREIRA

2021 foi um ano marcante por causa do US Open, mas, mesmo sem os Grand Slams, 2023 foi o meu melhor ano, com muitos resultados incríveis. Roma, cinco finais seguidas e um título. Acredito que, se mentalmente voltar a 2019 ou 2020, nem me lembro das vitórias ou dos títulos. Foi genial, claro, mas agora estamos no presente. Para mim, cada ano é especial de alguma forma. Lembro-me dos primeiros anos, dos Futures e dos Challengers. Este ano será especial também, mesmo sem ter vencido nenhum título. Será um ano especial, mas não um ano ruim. É provável que termine como número 4 do mundo, o que está ótimo, embora sempre queiramos mais.

MOMENTO MAIS DURO DE 2024

Acredito que os Jogos Olímpicos e a mudança da terra batida para o piso rápido foram os maiores desafios. O Aberto da Austrália foi uma loucura. Eu poderia ter perdido na segunda rodada, nas quartas de final e, provavelmente, deveria ter perdido nas semifinais. Milagrosamente, cheguei à final e até joguei bem aquela partida. Infelizmente, estava exausto e o Jannik foi incrível, algo que ele continua fazendo até hoje. Não tenho arrependimentos em relação ao Aberto da Austrália. Depois, foi: terra batida, grama, terra batida, piso rápido. Essa transição da terra batida para o piso rápido foi difícil.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.