Klizan no retorno ao tênis: "O top 10 há dez anos era muito melhor do que o atual"

Klizan no retorno ao tênis: “O top 10 há dez anos era muito melhor do que o atual”

Por Pedro Gonçalo Pinto - outubro 3, 2024

Martin Klizan protagonizou um retorno surpreendente ao tênis, depois de ter terminado a carreira há três anos. Agora com 35 anos, o eslovaco já conquistou quatro títulos ITF, está perto do top 300 e explica o porquê de ter decidido voltar. Em conversa com o Punto de Break, também aborda momentos marcantes na sua carreira, ele que ganhou tanto de Rafael Nadal quanto Novak Djokovic, sendo que chegou a ocupar o 24º lugar da hierarquia mundial masculina.

“Me lembro que um dia estava bebendo vinho ou um gin à tarde. Disse a mim mesmo ‘quero voltar ao tênis’. No dia seguinte me levantei e pensei que era impossível. Mas isso aconteceu mais umas cinco vezes. O desejo começou a ser cada vez maior, a aparecer uma e outra vez, então um dia me convenci de que havia algo. E decidi voltar”, comentou, ele que já está no 307º posto do ranking da ATP.

Leia também:

Sinner vive momentos difíceis: “Passo noites sem dormir durante esse tempo”
Sinner e Alcaraz juntos, Djokovic de volta: confira a chave do Masters 1000 de Shanghai
Murray critica luxuoso Six Kings Slam: “Ninguém quer saber”

Questionado sobre as comparações que faz em relação a como o tênis estava quando se aposentou, Klizan deixa uma indicação. “Ainda só joguei alguns torneios. Os Futures são muito mais duros do que quando comecei, quando tinha 17 ou 18 anos. Por outro lado, o top 10… Digamos que o top 10 de dez anos atrás era muito melhor do que o da atualidade. Mas a classe média, os jogadores do top 30 ou top 40, não sei dizer”, afirmou.

Por outro lado, o eslovaco lembrou ainda o triunfo específico sobre Rafael Nadal no torneio de Pequim, em 2014. “Tenho um pen drive daquele torneio com todos os jogos. Estava bebendo vinho, vendo os jogos e foi divertido porque tinha muita variedade no meu tênis. Disse a mim mesmo que aquele jogo era muito bom, gostei muito do estilo de tênis naqueles jogos e isso me motivou muito”, concluiu Klizan, que não pensa em objetivos em termos de ranking e só quer desfrutar.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt