Brasileiro Nicolas Zanellato se defende após testar positivo para esteroide utilizado em criações de gado

O brasileiro Nicolas Zanellato, de 22 anos e 656º do mundo, foi suspenso pelo Programa Antidoping do Tênis (TADP) após testar positivo para uma substância proibida, sem isenção de uso terapêutico, em um exame realizado em junho deste ano na Colômbia.

“As conclusões sobre substâncias não especificadas acarretam uma suspensão provisória obrigatória — no caso de Zanellato, isso está em vigor desde 12 de agosto de 2024. Enquanto estiver provisoriamente suspenso, Zanellato está proibido de jogar, treinar ou participar de qualquer evento de tênis autorizado ou sancionado pelos membros da ITIA (ATP, ITF, WTA, Tennis Australia, Federação Francesa de Tênis, Wimbledon e USTA) ou qualquer associação nacional”, disse a Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) em nota oficial.

Zanellato teve a oportunidade de se defender e apelar da suspensão provisória imposta pela ITIA. O brasileiro apresentou argumentos no tribunal independente, mas suas declarações foram rejeitadas com base no fato de que as evidências fornecidas ficaram muito aquém do limite exigido. Além disso, o tenista soltou um comunicado oficial nas redes sociais para tratar do assunto nesta quinta-feira (12).

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CONFIRA O COMUNICADO OFICIAL:

“Hoje é um dia muito difícil para mim. Recebi uma punição que considero injusta, motivada por razões que fogem ao meu controle. No dia 12 de agosto de 2024, fui notificado pela ITIA de que havia testado positivo para a substância Boldenona, um esteroide de uso veterinário. Esse esteroide é amplamente utilizado de forma legal nas criações de gado da Colômbia, país onde eu estava competindo quando minha amostra foi coletada, em junho deste ano. Com muita surpresa e indignação, venho desde então me defendendo e apresentando à ITIA todas as provas que consegui obter para comprovar que meu teste positivo se deu em função do consumo de carne bovina contaminada com Boldenona durante as refeições da semana em que competi na Colômbia”, iniciou o tenista.

“É importante destacar que existem, inclusive, casos semelhantes ao meu e recentes na Colômbia envolvendo carne contaminada por Boldenona, como os dos tenistas Robert Farah, Tana Moore e Bárbara Gatica, além de diversos outros casos em países da América Latina. Sigo confiante de que será uma questão de tempo para que a justiça prevaleça em meu caso. Sou um atleta profissional de tênis, levo todas as minhas obrigações a sério, principalmente as disciplinares, respeitando à risca os regulamentos do esporte. Defendo o jogo limpo, não uso e nunca usarei substâncias proibidas que possam me oferecer benefícios esportivos indevidos, pois não colocaria em risco a minha reputação e história no tênis, esporte que amo. Tudo o que conquistei até agora, devo ao tênis e à minha família, que me apoia incondicionalmente para continuar perseguindo meus objetivos e sonhos profissionais. Nunca foi fácil, mas seguirei lutando para provar a minha inocência e demonstrar que não utilizei intencionalmente qualquer substância proibida”, concluiu.