Swiatek comemora retorno de Wozniacki: "Me mostrou que era possível chegar longe"

Swiatek comemora retorno de Wozniacki: “Me mostrou que era possível chegar longe”

Por Nuno Chaves - agosto 7, 2023

Caroline Wozniacki está de volta ao ténis e esse é, inevitavelmente, um dos grandes destaques desta semana e esse retorno foi também comentado por Iga Swiatek, número 1 do mundo.

A tenista polonesa se mostrou satisfeita por ver a ex-número 1 do mundo de volta e acredita que pode mesmo ter uma palavra a dizer.

RETORNO DE WOZNIACKI

Apesar de não representar a Polônia sei que fala polonês com muita fluidez. Os seus pais são poloneses. Ela foi uma dessas jogadoras que me mostrou que era possível chegar longe. É uma grande inspiração. Sempre senti que temos estilos de jogo contrários, mas quando a enfrentei  em Toronto senti que esse jogo era um grande passo à frente para mim, dei conta de que podia derrotar as melhores do mundo e jogadoras com muita experiência. Perdi o primeiro set por 6-0, mas fui capaz de dar a volta, de tirar todo o estresse e concentrar apenas no meu jogo. Foi um envio de confiança extra, tanto naquele momento quanto para o futuro. Mais à frente perdi para a Osaka, mas sentia que tinha ganhado, foi um torneio que foi uma grande vivência para mim. É certo que depois do US Open me lesionei, mas em meus dois meses de lesão, me lembro de olhar para trás, pensar nesse torneio e ter esperança para o futuro. 

Leia também:

COMO CHEGA A ESTA FASE DA TEMPORADA

Não me lembro muito bem de como foi no ano passado mas me recordo que passava por algumas dificuldades técnicas em que procurava melhorar. Este ano não tenho nada disso, me sinto com muito mais confiança. Jogar em Varsóvia, em quadra dura, mudou bastante a minha perspectiva. O ano passado foi muito complicado fazer a transição de grama-saibro-piso rápido (Varsóvia era disputado no saibro). Agora, o processo é muito mais bonito, sem nenhum impedimento extra. Foi muito mais fácil para me concentrar no trabalho, é como se tivesse tido uma mini pré-temporada aqui antes de todos os torneios e US Open.

SWIATEK E ALCARAZ: DOIS NÚMEROS 1 JOVENS

Como explico? Creio que no passado houve números 1 que foram ainda mais jovens. Martina Hingis, por exemplo. Apesar dos jovens terem muita força, a juventude nos dá mais energia para trabalhar em nós mesmos. Não posso dar uma razão em especial, mas digamos que não perdemos tempo quando éramos mais jovens, aproveitamos sempre as nossas oportunidades. O meu caminho foi sempre ascendente e isso me deixa orgulhosa, demonstra que as decisões que tomei foram inteligentes, sejam por mim ou pelas pessoas à minha volta. Não sei o que sentirá o Carlos, mas, para mim, o meu caminho foi normal, não foi tudo por acaso. Talvez ter sido número 1 do mundo tenha sido muito rápido, mas, além disso, sinto que o meu progresso sempre esteve aí. 

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.