Arantxa Sanchez: “Gosto de ver jogadoras com estilo diferente”

Arantxa Sanchez: “Gosto de ver jogadoras com estilo diferente”

Por José Morgado - julho 29, 2023

Arantxa Sanchez Vicário, lendária tenista espanhola, está em Hamburgo acompanhando a edição 50 do torneio alemão, que convidou para uma homenagem especial aquela que foi uma das grandes rivais de Steffi Graf nos anos 80 e 90. A espanhola deu uma longa entrevista ao site ‘UbiTennis’ onde não fugiu a qualquer questão.

REENCONTRO COM MARTINA HINGIS EM HAMBURGO, COM RIVALIDADES POSTAS DE PARTE

Voltar a vê-la depois de tantos anos, como amiga e não como rival é muito bom. Mantenho boas relações com várias ex-jogadoras. Temos vidas diferentes e não nos vemos muitas vezes por isso há que aproveitar estas oportunidades.

MEMÓRIAS SOBRE A FINAL DE 1994 EM HAMBURGO, ONDE DERROTOU GRAF

Se não me engano joguei aqui seis finais, ganhei três e perdi três, pelo que sempre foi um torneio muito bom para mim. Contra a Steffi era sempre um prazer jogar porque ela era a melhor do mundo e eu sempre gostei de jogar contra as melhores. Sempre disputamos partidas muito equilibradas, independentemente de quem ganhava. Me lembro que ganhei dela aqui num jogo em que tive que correr muito. O público aqui é maravilhoso!

TÊNIS FEMININO ESTÁ MUITO DIFERENTE

As coisas evoluem e melhoram, mas continuo gostando mais de ver jogar tenistas com estilo diferente. Os torneios estão fazendo um grande trabalho e vão aparecendo novas gerações de tenistas cheias de qualidade. É bom que o WTA tenha tanto êxito. Ver que o ténis continua sendo um dos poucos esportes com quase igualdade de prize-money entre homens e mulheres e isso diz muito sobre o papel de lendas como a Billie Jean King.

AINDA VÊ MUITOS JOGOS DE TÊNIS?

Sinceramente não vejo muitos encontros atualmente. Sei que muitas das minhas ex-colegas estão muito próximas da modalidade, mas eu me afastei um pouco. Se há um jogo importante ou uma final particularmente importante, tento ver, mas não acompanho muito. Sou mãe dos meus filhos a tempo inteiro.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com