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Bia Haddad sobre atual fase: “Reconhecimento que não esperava”
Por Pedro Cunha
Bia Haddad Maia está de volta ao Brasil! A tenistas esteve em solo europeu por 14 semanas, onde foi semifinalista de Roland Garros e entrou pela primeira vez no top 10 do ranking mundial. A brasileira também alcançou as oitavas de final de Wimbledon e ainda foi campeã de duplas do WTA 1000 de Madrid.
Em seu retorno ao país, Bia concedeu entrevista coletiva no Investment Center Itaú Personnalité e comentou sobre sua trajetória na Europa.
Ao ser questionada sobre a fase da carreira, Bia foi direta ao falar sobre seu momento:
“Sinto que estou na minha melhor fase. Estou sentindo um momento muito gostoso, estou bem motivada. O tênis é um esporte que nos proporciona toda semana ser uma caixinha de surpresas. Estou me sentindo bem feliz”.
Após as conquistas deste giro, o nome de Bia cresceu muito pelo país e chegou a ser, inclusive, mais procurado do que de grandes estrelas do esporte mundial no Google, como Vinícius Júnior e Mbappé. A jogadora foi perguntada sobre como essas mudanças a afetavam em sua vida pessoal:
“Para mim, o dia a dia não mudou nada. O que mudou é o que as pessoas querem saber mais sobre mim. Um reconhecimento das pessoas que eu não esperava. Minha rotina é igual, acordo 6h30 e vou dormir 11h30. Talvez, a gente esteja até trabalhando mais, mas minha vida social continua igual, com mais pessoas querendo saber dela. Estou na minha melhor fase. O tênis toda semana é uma caixinha de surpresa e isso me motiva muito, estou muito feliz”.
A atleta também foi questionada sobre expectativas para participar da disputa dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024:
“Para mim é um sonho, nunca participei. Cresci no Brasil e aqui nós valorizamos muito”, afirmou.
Uma das possibilidades para participar dos Jogos na França seria formar uma dupla com Luisa Stefani, que trouxe uma medalha de bronze em Tóquio ao lado de Laura Pigossi. A tenista semifinalista de Roland Garros comentou sobre a possibilidade, mas deixou claro que seu foco é o jogo individual:
“A gente conversa muito sobre isso [formar a dupla], mas nós temos objetivos diferentes nas duplas. Já jogamos juntas e esperamos coincidir as semanas para voltar a jogar. Ela foca 100% nas duplas e eu na simples. Ela precisa ter uma garantia de ter uma parceira sempre”, explicou.
“A Lu é um destaque com o que ela está fazendo depois da lesão. Com parceiros diferentes, ela ganhou em 250, 500, 1000 e um Grand Slam”.
Confira demais tópicos da entrevista:
Lesão:
“Estava no meu melhor momento, eu estava feliz. A carga de treino no dia anterior foi de 15 minutos e no jogo anterior também tinha sido curto. Foi uma fatalidade, uma dor muito forte. Foi um movimento muito simples, por isso foi uma surpresa. Depois deu tristeza e eu tive que dialogar comigo porque são só três minutos pro fisioterapeuta te atender. Quando comecei a andar e vi que não estava 20% do que poderia, eu fui tentar jogar e conversei comigo que não ia dar. Foi triste, mas foi o que eu tinha naquele momento”.
Missão fora das quadras:
“Eu ainda tenho que trabalhar bastante dentro da quadra para ter voz também fora dela. Tenho como objetivo transformar e tentar ajudar as meninas do Brasil e da América do Sul. Eu vou continuar fazendo meu trabalho e quanto mais meninas, mais força a gente vai ter para transformar”.
Sobre Azarenka:
“Admiro a Victoria Azarenka porque ela quer ajudar as outras. Ela já ganhou muito dinheiro, tem uma carreira de sucesso e não pensa só no umbigo dela. Ela luta pela igualdade de gênero, a gente não quer nada além do que merece”.
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