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Kato: “Árbitro me disse que se o gandula fosse um rapaz não haveria problema”
Miyu Kato se tornou famosa em Roland Garros por ter sido eliminada do torneio de duplas feminina, num jogo ao lado de Aldila Sutjiadi, contra Marie Bouzkova e Sara Sorribes Tormo. A japonesa agora revelou mais detalhes do que se passou, com declarações que prometem dar muito que falar, em entrevista ao portal Claytenis.
“A minha mente estava muito mal. Depois da eliminação pensei seriamente em ir para casa no Japão”, começou explicando, antes de revelar contornos do que se passou: “O árbitro e o supervisor falaram comigo depois e disseram que se o gandula fosse um rapaz não haveria problema. Também explicaram que como a garota chorou mais de 15 minutos tiveram que tomar uma decisão porque se tivesse parado ao fim de cinco minutos estava tudo bem. Se a bola tivesse ido nas pernas ou braços também não me eliminariam. Mas como foi no pescoço foi diferente”, sublinhou.
Kato confessou que sofreu muito e que só voltou a sorrir no dia da final de pares mistos: “Passei várias horas no balneário, não queria ver as redes sociais nem falar com ninguém. Tinha de ir ao doping, então esperei ali sozinha. Nada foi divertido até ao dia da final. Felizmente recebi muitas mensagens de apoio, mensagens positivas. As jogadoras e treinadores apoiaram-me todos”, afirmou.
Por outro lado, revelou que Bouzkova lhe enviou uma mensagem, enquanto Sorribes Tormo manteve o silêncio sempre: “Bouzkova me enviou uma mensagem, mas não lhe respondi. Dizia ‘lamento o que aconteceu, espero que tu e a tua parceira estejam bem”, revelou.
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