Alcaraz: «Estou pronto para cinco sets em Paris, a minha equipa diz que sou o 'touro'»

Alcaraz: «Estou pronto para cinco sets em Paris, a minha equipa diz que sou o ‘touro’»

Por José Morgado - maio 10, 2022
Créditos: Bruno Alencastro/Bola Amarela

Carlos Alcaraz, campeão do ATP Masters 1000 de Madrid, deu uma longa entrevista ao jornal espanhol ‘Marca’ onde fala dos próximos passos da sua carreira e daquilo que sentiu durante a sua memorável caminhada para o título na capital do seu país.

GANHAR ROLAND GARROS DEPOIS DE MADRID COMO FERRERO EM 2003?

O meu objetivo é ganhar um Grand Slam e oxalá seja em Paris. Madrid é um torneio muito especial para mim porque foi o primeiro a que vim quando era muito pequeno. Mas nunca vou perder a essência da minha terra, das minhas pessoas e essas estão em Múrcia.

ALCARAZ MELHOR DO MUNDO?

O melhor do Mundo para mim é quem está em primeiro e esse é Djokovic. Estou em sexto lugar.

AS MAIORES DIFICULDADES EM DEFRONTAR DJOKOVIC

Ninguém fala do Djokovic como um grande servidor, mas foi o jogador que mais me custou responder ao serviço até hoje. É muito difícil ler para que lado serve. Uma coisa é ver na televisão, outra é defrontá-lo.

PRONTO PARA CINCO SETS EM PARIS

Considero-me um jogador com bom físico por isso penso que os cinco sets não serão um problema para mim. Na minha equipa dizem-me que sou um touro e que estou pronto para cinco sets diante dos melhores.

ESPECIALISTA EM AMORTIS

O Juan Carlos diz para eu pensar nos amortis antes do encontro, mas é impossível. Sai-me no momento. É algo natural, que me vai saindo e conforme vai saindo bem acaba por ir melhorando.

OBJETIVOS PARA O QUE FALTA DE 2022

Quero continuar a ganhar títulos. Um dos três Grand Slams que faltam é o objetivo para 2022.

QUAL DOS GRAND SLAMS PREFERE?

Quando era mais novo via-me a ganhar Roland Garros. Agora que já joguei os quatro parecem-me todos impressionantes. Wimbledon agrada-me pela essência, pela elegância. Mas Nova Iorque em 2021 foi super especial. Não posso dizer que gosto mais de um do que dos outros.

MORDEU O TROFÉU DE MADRID COMO NADAL

Eu não queria morder o troféu, mas os fotógrafos pediram-me e acabei por fazê-lo um pouco contrariado.

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//bolamarela.pt/alcaraz-tem-um-segredo-bem-espanhol-organizo-sempre-o-meu-dia-para-dormir-a-sesta/

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com