Djokovic: «Tudo mudou e agora só vou onde me deixam jogar»

Djokovic: «Tudo mudou e agora só vou onde me deixam jogar»

Por José Morgado - fevereiro 21, 2022
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Novak Djokovic, número um do Mundo, esteve este domingo numa conferência de imprensa agendada de última-hora para fazer uma antevisão ao ATP 500 do Dubai, o seu primeiro torneio de 2022. O sérvio de 34 anos assume-se muito feliz de poder estar a competir novamente.

É ótimo estar aqui. Já tive grandes resultados no passado neste torneio. Tenho ótimas lembranças deste court. O Dubai é um dos lugares onde mais tenistas vêm para jogar ou treinar, tanto homens como mulheres. Sempre foi um local atraente para os jogadores topo. Acho que esta semana há quatro top 10 neste torneio. Será uma competição difícil. Cada encontro será quase de nível Grand Slam ou Masters 1000. É um torneio de nível ATP 500, mas parece muito mais difícil. Não jogo desde dezembro e por isso estou muito ansioso por voltar”, começou por reconhecer.

O sérvio assume que demorou algum tempo a voltar aos treinos depois de ter sido deportado da Austrália na véspera do arranque do primeiro Grand Slam de 2022. Provavelmente cerca de 10 dias depois de ter voltado é que comecei a treinar. Eu fazia um pouco de cardio todos os dias, mas estou a jogar novamente ténis há duas ou três semanas, a aproveitar cada momento em court. Adoro este desporto e adoro bater com a raqueta na bola. Não tem sido difícil para mim pegar de novo na raqueta e treinar porque tenho paixão por esta modalidade e valorizo ​​cada minuto que passo em court, a trabalhar e a melhorar. Sabendo que vinha ao Dubai, tinha um objetivo em mente e era mais fácil para mim trabalhar. Depois da Austrália, eu tinha muita coisa na cabeça e precisava de um tempo para descansar.”

Djokovic assumiu ainda as dificuldades que tem nesta altura para fazer um calendário de torneio coerente. “Vou tentar competir em todos os torneios que for possível. Não pretendo fazer um calendário completo. Todos sabem que tentarei dar tudo nos Grand Slams e alguns Masters 1000. Esses torneios são as minhas maiores motivações. Mas agora a situação mudou. Eu na verdade não consigo escolher onde jogar. Agora só vou e só jogo onde me deixam jogar“, confessou em alusão ao facto de não querer vacinar-se.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com