Schwartzman: «Não é possível que o número 150 do Mundo não possa viver do ténis»

Schwartzman: «Não é possível que o número 150 do Mundo não possa viver do ténis»

Por José Morgado - abril 28, 2020
Diego-Schwartzman
Argentina’s Diego Schwartzman reacts after a point against South Africa’s Lloyd Harris during their men’s singles match on day two of the Australian Open tennis tournament in Melbourne on January 21, 2020. (Photo by William WEST / AFP) / IMAGE RESTRICTED TO EDITORIAL USE – STRICTLY NO COMMERCIAL USE (Photo by WILLIAM WEST/AFP via Getty Images)

Diego Schwartzman, número um argentino e atualmente no 13.º posto do ranking ATP, lamentou esta segunda-feira que muitos tenistas dentro do top 200 mundial estejam nesta alturas da sua carreira a colocar em causa a sua profissão por não conseguirem aguentar com aquilo que ganharam ao longo dos últimos anos das respetivas carreiras.

“O ténis tem prize-moneys muito díspares e está mal administrado. Não é possível que o número 150 do Mundo não possa viver do ténis. E isso acontece porque há muitas entidades a trabalhar em simultâneo, isso dificulta as coisas. Há quem consiga gerar milhões e milhões com o ténis e não esteja neste momento a conseguir dar a resposta para quem precisa. Oxalá as coisas mudem”, desabafou ‘El Peque’, durante uma entrevista para a ‘TNT Sports’.

Schwartzman aponta ainda o dedo à falta de comunicação do ATP neste tempo de paragem. “Sabemos muito pouco. No início as coisas correram muito mal e estávamos sempre a ser apanhados desprevenidos. As coisas não estão fáceis para o ténis e eu não tenho muitas esperanças de recomeçar tão cedo. Normalmente tenho o máximo de 15 dias de férias e agora estou há 45 em casa. É muito estranho”.

Diego está a competir no Mutua Madrid Open Virtual e começou em grande, vencendo dois encontros no primeiro dia.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com