Lajovic: «Se não houver ténis durante meses vou ter que arranjar outro trabalho»

Lajovic: «Se não houver ténis durante meses vou ter que arranjar outro trabalho»

Por Tiago Ferraz - março 11, 2020
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Tennis – ATP 1000 – Monte Carlo Masters – Monte-Carlo Country Club, Roquebrune-Cap-Martin, France – April 20, 2019 Serbia’s Dusan Lajovic reacts during his match against Russia’s Daniil Medvedev REUTERS/Eric Gaillard – RC16C7263FC0

O tenista sérvio Dusan Lajovic reagiu às notícias que dão conta do cancelamento do torneio de Indian Wells devido ao coronavírus e salientou o facto dos tenistas do circuito profissional terem sido apanhados de surpresa.

Em entrevista ao SportKlub o sérvio, citado pelo Punto de Break, diz o que pensa:

«Foi estranho porque o cancelamento foi uma realidade sem que houvesse nenhum aviso com os jogadores e o torneio. As autoridades da cidade tomaram a decisão e não houve margem para contemplar opções como por exemplo jogar sem público. É certo que todos jogamos para que as pessoas nos venham ver, mas os direitos de TV também são muito importantes. Ainda assim, seria estranho jogar um torneio tão importante sem público e a prioridade é sempre a saúde. Além disso, a maioria do público que assiste é a população em risco já que muitas pessoas são adultas e os residentes no local são, na sua maioria, da terceira idade. Veremos se isto funciona e se não houver ténis durante meses vou ter que arranjar outro trabalho», revelou.

O sérvio abordou ainda o futuro depois desta questão que já se estende à escala mundial:

«Neste momento não sabemos nada e vai depender muito de como as coisas evoluírem. A meu ver, não deveriam eliminar os pontos conquistados em 2019 nos torneios que sejam suspensos. O mais lógico seria isso, mas tudo indica que será o contrário. Vou ter que esperar aqui uns dias a ver se há notícias de Miami e se o torneio não for jogado vou voltar a casa», disse.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.