Efeito Youznhy? Shapovalov diz que sim, russo nega: «Não sou mágico»

Efeito Youznhy? Shapovalov diz que sim, russo nega: «Não sou mágico»

Por José Morgado - fevereiro 5, 2020
shapovalov
Foto: Kosmos Tennis

Denis Shapovalov, de 20 anos, é um dos tenistas mais promissores do ténis mundial. Em 2019, o canadiano viveu meses de grande dificuldade, com mais derrotas (18) o que vitórias (17) nos primeiros oito meses do ano, mas tudo mudou quando decidiu acrescentar o russo Mikhail Youzhny, antigo top 10 mundial, à sua equipa técnica, precisamente no final de agosto. A partir daí, ganhou 21 encontros, só perdeu 10, conquistou o seu primeiro título ATP (Estocolmo) e até foi à final do Masters 1000 de Paris e das Davis Cup Finals para fechar em beleza.

O canadiano não tem dúvidas do impacto do russo na sua carreira. “Gosto muito da forma como ele trabalha. Quando eu penso que o treino está a acabar e que está na hora de tomar umas bebidas, ele obriga-me a treinar aqueles 10 minutos extra que fazem toda a diferença”, admitiu o jovem de Toronto, que falou ainda de algumas alterações táticas implementadas. “Ele percebe-me e eu sinto isso. Temos feito algumas alterações com a introdução do slice de esquerda, especialmente na resposta ao serviço, que me permite entrar no ponto e depois poder construí-lo. Quando executo bem, é uma pancada que os meus adversários não gostam”.

Youhzny não quer os louros da evolução de Shapovalov, que saltou de fora do top 40 para dentro do top 15 (máximo de carreira de número 13 antes do Australian Open) em poucos meses. “Não sou mágico, mas as coisas têm funcionado bem e ele tem jogado muito, muito melhor. Ele sabe fazer de tudo dentro de um court de ténis e isso para mim é logicamente muito interessante. Para além disso, é muito aberto às ideias que lhe passo. Nunca se recusou a fazer nada daquilo que lhe pedi num treino. Nunca questionou as minhas opiniões. “

Shapovalov está a competir no ATP 250 de Montpellier esta semana e defronta na segunda ronda o seu compatriota e amigo Vasek Pospisil, esta quarta-feira.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com