Larcher de Brito: «Fiquei muito triste e zangada com o destino» - Bola Amarela Brasil

Larcher de Brito: «Fiquei muito triste e zangada com o destino»

Por admin - janeiro 9, 2016

Michelle Larcher de Brito, número um portuguesa e atual 226.ª classificada do ranking mundial, vai regressar à competição já na próxima semana, depois de cerca de sete meses parada devido a uma grave lesão no pulso direito contraída durante o qualifying de Wimbledon, em junho. No entanto, recuperada após uma intervenção cirúrgica, a lisboeta vai disputar, a partir de quarta-feira, a fase de qualificação do Open da Austrália.

“Tenho tantas saudades de jogar!… Já não o faço há seis meses e trabalhei com muita determinação para voltar. Não me posso esquecer que estive parada, por isso não tenho objetivos de resultados, só quero subir no ranking. É a prioridade para poder entrar no quadro ou no ‘qualifying’ de Roland Garros”, começou por dizer Michelle ao jornal “A Bola”, já com os olhos postos no primeiro Grand Slam de 2016.

“Vou pela primeira vez viajar sem o meu pai [e treinador, António]. Terei lá dois amigos, que me conhecem desde que vim para os Estados Unidos, logo não estarei sozinha. Gosto muito do Open da Austrália, de piso rápido, a minha superfície preferida a seguir à relva. Além disso tem um clima bom, calor como temos na Florida”, admitiu a portuguesa de 22 anos, que explicou o que aconteceu durante o duelo da segunda ronda em Wimbledon.

“Foi um acidente o que me aconteceu, uma fração de segundo. Senti o músculo a descolar-se do osso e as dores foram horríveis. A médica até estranhou nunca ter-me queixado de problemas no pulso. Fiquei muito triste, zangada com o destino. Nada podia fazer, além de tentar encontrar soluções”, ressalvou Larcher de Brito, que treina agora sem qualquer impedimento.

“No início de novembro comecei a treinar muito devagarinho. Parava sempre que as dores voltavam. Felizmente, já há quatro semanas que jogo sem limitações. Fiz fisioterapia duas vezes por semana durante dois meses e meio e, antes dos treinos e dos encontros, faço uma série de exercícios. Não tenho dor no pulso, só por isso decidi jogar na Austrália”, rematou, sublinhando que, nesta fase, não vai para os encontros com o objetivo de “ganhar tudo”.

Larcher de Brito parte para Melbourne com o ranking protegido de 154, posição que ocupava na hierarquia antes de se lesionar. E depois do Open da Austrália? A jogadora radicada nos Estados Unidos vai disputar um torneio ITF norte-americano antes de viajar para Eilat, Israel, para defender as cores portuguesas na Fed Cup, entre 3 e 6 de fevereiro.