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Agassi surpreende tudo e todos ao falar do ténis: «Fui número 1 do mundo em algo que odiei»
Andre Agassi é um dos grandes nomes da história do ténis mundial. É antigo número um mundial, ao longo da carreira conquistou 60 títulos, oito dos quais em Grand Slams.
Ainda assim, o norte-americano esteve muito longe de ser feliz enquanto jogador. “O meu grande problema é que não estava a ser eu mesmo. Fingia a toda a hora e isso foi o que me impediu de viver o momento, de saborear os êxitos e ser feliz”, confessou ao LaVanguardia.
“Só ao me retirar é que percebi que o importante não era ser o mais giro nem o mais carismático e nem sequer o melhor jogador: devia simplesmente ser eu mesmo”, admitiu o agora técnico que colabora com Grigor Dimitrov.
Agassi falou sobre os dois momentos em que realmente desfrutou da modalidade. “Fico com o meu título em Roland Garros e com a minha retirada definitiva do ténis profissional. Senti um grande alívio quando o fiz porque sabia que nunca mais ia voltar a sofrer num court. Lutei até ao fim e sentia que era o momento de pôr um ponto final”, referiu sem rodeios.
O ex-jogador de 49 anos até reforçou o seu ‘ódio’ ao ténis, citando os pais. “A minha mãe não me deu educação, a não ser uma raquete. Respeito-a e devo-lhe muito mas elegi outro caminho há muito tempo. O meu pai é uma pessoa dura. Fugiu do genocídio arménio, fez boxe em Las Vegas e chegou aos EUA sem dizer uma palavra em inglês”.
“É o protótipo de sonho americano e massacrou-me para que eu conseguisse também. Fui número um do mundo em algo que odiava. A minha vida foi o sonho do meu pai, não o meu, por isso é que foi tão positivo retirar-me”, concluiu numa entrevista 100% honesta.
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