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Tomas Berdych: «O ténis é o desporto mais duro de todos»
Finalista em Wimbledon há seis anos, Tomas Berdych não esteve muito longe de entrar para a restrita lista de proprietários de um palmarés capaz de suportar Grand Slams, mas a oportunidade passou e a sensação de que “falta um bocadinho assim” permanece.
O checo de 30 anos é tido como um dos melhores jogadores de sempre a nunca ter colocado as mãos num troféu de calibre superior e, talvez por isso, não tenha qualquer dúvida em afirmar que não há atletas que tenham de passar por tantas e variadas provações como os tenistas.
“Sinceramente, diria que o ténis é o desporto mais duro de todos, de longe”, referiu o número oito mundial ao site Mr. Porter. “Sacrificamos praticamente tudo para nos tornarmos jogadores – alguns miúdos nem sequer terminam a escola -, damos tudo pelo desporto, e depois não funciona, em alguns casos”.
“É por isso que me sinto orgulhoso de o ter conseguido, e com sorte por ter conseguido trilhar o caminho até chegar onde estou agora. É o melhor dos trabalhos. Ganho a vida a fazer que eu adoro. Não encontro uma razão para me queixar”, garantiu Berdych.
E as reclamações não surgem nem quando o assunto passa a ser o Big Four, responsáveis pela conquista de 53 dos últimos 57 Masters 1000 e 43 Grand Slams nos últimos 13 anos. Berdych prefere ver o copo meio cheio. “A minha opinião sobre isso é que se eu ganhar um Grand Slam será um acontecimento ainda mais grandioso por ter sido conquistado numa era tão difícil. Seria fácil olhar para isso de outra forma e tornar-me frustrado e desiludido. Mas o que é que eu ia ganhar por pensar assim? O ténis está num nível extremamente alto”, acrescentou.
A culpa é de Novak Djokovic, Roger Federer e Rafael Nadal, diz Berdych, que confessa não conseguir “apontar para um deles e dizer ‘este é o melhor de sempre”, preferindo destacar que “o mais interessante é o ponto absolutamente incrível em que o ténis está neste momento, com três grandes jogadores na mesma geração”.
Algo que o checo de 30 anos diz nunca ter acontecido e que, derrotas à parte, acabou por se revelar um aspeto positivo para os restantes jogadores do circuito . “Esses três tonaram os outros melhores jogadores do que aquilo que seriam. E depois há outros jogadores como o [Andy] Murray e o [Stan] Wawrinka, que eu tento perseguir”, concluiu.
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