Muguruza perde o treinador por «diferenças de valores»

Há já alguns dias que Garbine Muguruza, número nove da hierarquia mundial, está a preparar-se para o Open dos Estados Unidos sem a presença do seu treinador. Alejo Mancisidor abandonou a equipa da jogadora espanhola e a relação parece não ter acabado nos melhores termos, isto segundo a mensagem que o técnico deixou este domingo no seu perfil do Facebook, referindo divergências e quebra de valores para o fim da parceria.

Garbine Muguruza recebeu Alejo Mancisidor na sua equipa em 2010, ainda quando era número 300 do mundo e tinha apenas 17 anos. Depois de todo este tempo, a jogadora espanhola já subiu consideravelmente na hierarquia mundial e deu que falar em torneios do Grand Slam, onde de destaca a final de Wimbledon disputada este ano.

Contudo, segundo explica Alejo, as “diferenças eram muitas”, e os seus valores “não permitiram acreditar e seguir com isto para a frente (…)”. O técnico continuou: “desde pequeno que os meus pais me ensinaram valores que me levaram onde estou hoje, aproveitando a vida com humildade, muito respeito e trabalho”.

Ainda que não refira nenhum caso ou acontecimento em específico, Alejo, treinador há 17 anos, diz que a elevada ascenção dentro de um determinado meio pode ser prejudicial para as relações pessoais, apontando essa como o principal ponto de rotura com Muguruza:

“Por vezes o sucesso faz grandes pessoas, mas também destrói relações. Ensinei tudo o que podia e também aprendi muito. Nunca é fácil quando estes projetos terminam (especialmente quando há dois meses estávamos na final de Wimbledon), mas senti-me bastante apoiado pela minha família, os meus amigos e por toda a gente nas redes sociais”

Muguruza é a nona cabeça-de-série no US Open e tem encontro marcado com a jovem Carina Witthoeft na primeira ronda. A jogadora de 21 anos ainda não se pronunciou em relação aos comentários do seu antigo treinador