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Gilles Simon rejeita igualdade de prémios entre homens e mulheres
Discreto dentro do court, incisivo fora dele. Gilles Simon continua a não recear olhares acusadores e, por isso, recusa-se a guardar para si as opiniões que vai construindo sobre os assuntos que afetam o circuito masculino, onde ocupa a posição de membro do conselho de jogadores.
Com o tema igualdade monetária entre géneros a surgir em cima da mesa durante a entrevista que concedeu ao jornal suíço Tages Anseiger, o gaulês de 30 anos declarou, sem reservas, ser injusto que as jogadoras recebam tanto quanto os elementos do circuito ATP em torneios mistos, como os Grand Slams.
A razão, essa, é “simples”: “as mulheres não geram tanto dinheiro como os homens. Existem 50 indicadores que provam isso. Repartir-se os prémios em 50 por cento não é normal”, afirmou Simon à publicação helvética, acrescentando, ainda, que as jogadoras “querem mais torneios mistos para receberem mais dinheiro em prémios”.
Para o atual número 15 mundial, existe um outro indicador ao qual não se pode virar a cara: o nível exibicional que os dois circuitos apresentam não é equiparável. “Houve uma altura em que o ténis feminino era fantástico e eu acompanhava. Quando jogavam Graf, Seles, Hingis, as irmãs Williams e até Clijsters, Henin e Capriati… No entanto, [o nível] caiu e chegou a era de Federer, Nadal, Djokovic e Murray”.
Não faz sentido que o número 90 mundial não possa pagar a um treinador quando há jogadores como Federer a viajar com uma comitiva tão grande
Mas se entre géneros a paridade económica não é bem recebida pelo francês, no que toca ao circuito masculino, apenas e só, a história já é outra. “Não faz sentido que o número 90 mundial não possa pagar a um treinador quando há jogadores como Federer a viajar com uma comitiva tão grande”, contestou o ex-número seis mundial.
“É verdade que os prémios têm subido mas os jogadores ganham demasiado em comparação com o resto. É descabido que o campeão [de um torneo] ganhe 100 vezes mais que alguém que perde na primeira ronda”, lamentou Simon, que abdicou de disputar o ATP 500 de Basileia por sentir “dores no ombro nas últimas semanas”.
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