Wozniacki chama supervisor ao court por erro (crasso) do árbitro de cadeira [atualizado]

Os árbitros de ambos os circuito profissionais parecem não estar a ter a melhor das sortes nos últimos dias. Já ontem Alexander Zverev e Gilles Simon tiveram de lider com um Ader Nour bastante erróneo e, em São Petersburgo, foi Caroline Wozniacki quem teve problemas com o oficial, Emmanuel Joseph, que obrigaram a intervenção do supervisor. A dinamarquesa acabou por perder o encontro.

O jogo era importante. Caroline Wozniacki servir a 3-5 na segunda depois de já ter perdido a primeira. A antiga número um do mundo serve e Dominika Cibulkova devolve, tendo a bola sido chamada fora. A eslovaca discorda e apela ao sistema eletrónico de arbitragem, que lhe dá razão. O árbitro decide então ceder o ponto a Cibulkova, apesar de Wozniacki ter colocado a bola em jogo e não ter desistido do ponto mesmo depois de a bola ter sido chamada fora. Veja o momento:

Certamente um momento que Joseph não se orgulhará de recordar.

ATUALIZAÇÃO: Entretanto, Jorge Dias, um antigo e reputado árbitro-de-cadeira português com vários encontros relevantes no currículo (entre eles uma final de Wimbledon), partilhou um pouco dos seus conhecimentos no Facebook do Bola Amarela relativamente ao caso, que nós partilhamos aqui:

“O Juiz árbitro/supervisor só pode mudar a decisão do árbitro numa questão de “regra ou interpretação da mesma”. Neste caso é uma questão de “FACTO”, ou seja, a bola foi fora ou dentro, o jogador tocou ou não na rede, a bola bateu duas vezes no chão antes de a bater, etc. Neste caso, a jogadora jogou o ponto ou foi um “ponto ganhante” da adversária? Claro que a jogadora jogou o ponto e foi para dentro do campo da adversária.

Por isso este ponto deveria ser repetido. Eu tenho a certeza de que o supervisor Tony Cho (que o conheço bem) deve ter dito que possivelmente a jogadora (Wozniacki) teria razão mais ele não podia fazer nada. Aliás, ele nem deveria ter entrado no campo, ele só entrou porque o arbitro pediu.

Em relação ao árbitro mudar de decisão. A partir do momento em que a/o jogador reclama ele não pode voltar atrás. Se por algum motivo isso tivesse acontecido entao a Cibulkova poderia chamar o Supervisor e este mudava a decisão para a inicial, porque neste caso é uma questão de regra e regulamentos”