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Murray e a paternidade: fralda não é problema, vesti-la sim
Passaram 20 dias apenas desde que Sophia Olivia nasceu, mas Andy Murray está já rendido ao papel de pai. De tal forma, que o facto de ter de sair de casa se revela um tormento, por saber que o tempo não perdoa. “Aquilo que mais me surpreendeu é a forma como tudo muda tão rapidamente”, confidenciou o escocês de 28 anos ao The Guardian.
“Não nos apercebemos disso quando estamos todos os dias com eles, mas depois olhamos para uma fotografia do dia em que ela nasceu e para outra cinco dias depois e percebemos de como as coisas mudam todos os dias”. Transformações que fazem o número dois mundial pensar em como vai ser quando tiver de voltar ao trabalho.
“Eu não quero perder nenhuma dessas mudanças, mesmo quando só passo um dia fora sinto-me mal por isso. Sinto que devia estar lá, e quero poder estar presente o mais que conseguir. Por isso, quando saio de casa às oito da manhã e regresso às oito da noite, sinto-me mal”, confessou.
Quero que a minha filha fique orgulhosa do pai quando crescer
Quanto aos seus afazeres como progenitor, o número dois mundial confessa que há ainda tarefas demasiado delicadas. Segurar a sua filha pela primeira vez “correu bem”. “A única coisa que achei mais difícil foi vesti-la, porque é muito pequena e penso que é muito frágil – ou que as suas mãos são tão pequenas que quando meto os dedos na camisola posso parti-los”.
Na muda da fralda, confessa, está mais confiante, mas não tanto assim quando o assunto muda para os eventuais sucessos que esta nova condição lhe trará, tal como aconteceu com Roger Federer e Novak Djokovic.
“É difícil de dizer. Tenho treinado e certamente que não vai ser pior. Estou motivado nos treinos. Com o Novak e com o Roger as coisas correram bem, não sei se o facto de ter filhos os fez melhores jogadores ou se eles foram simplesmente bons”, disse o britânico, relembrando que “para outros jogadores não funcionou assim tão bem”.
Ainda assim, “a paternidade é algo positivo – e não ter o ténis como prioridade pode ajudar. Faz com que olhemos para uma má derrota ou um mau treino de uma outra perspetiva. O resultado de um encontro não é tudo, mas eu quero que a minha filha fique orgulhosa do pai quando crescer e vir o que consegui”.
Um desejo inteiramente legítimo mas que não preocupa demasiado Murray: “espero que seja uma influência positiva, mas, se não for, não é o fim do mundo”.
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