Sergiy Stakhovsky: «O ATP é melhor que o WTA»

Depois de ter visto o ATP colocar um travão nas suas afoitas manifestações anti-ténis feminino e descaradas insinuações sobre a orientação sexual de jogadores e jogadoras, Sergiy Stakhovsky volta, novamente, a debruçar-se sobre um assunto muito dado à polémica.

Ao site ucraniano BTU, o número 62.º mundial disse não concordar com a igualdade de prize moneys entre géneros, à semelhança do que também Gilles Simon defendeu há um par de meses. Stakhovsky explicou a sua posição desta forma (como se pode ler no Tennis World USA): “todos os torneios são como um negócio, em que se pode ganhar dinheiro. Quanto menos se paga aos jogadores, mais se ganha”.

“Por que razão uma jogadora do top 500 não ganha o mesmo que uma jogadora do top 30, se treinam o menos número de horas? Porque que razão os jogadores do FC Dnipro Cherkasy não ganham o mesmo que os jogadores do Barcelona? Jogam ambos durante 90 minutos. É tão simples quanto isso. Porque é que os bilhetes para a final masculina dos Grand Slams custam 40 por cento mais que os da final feminina?”

“Porque se há um produto que as pessoas querem, elas pagam por isso. O marketing comprova-o. O ATP é melhor que o WTA. Não estou a dizer que as mulheres têm de ganhar mesmo, mas […] não percebo por que é que temos de ganhar o mesmo dinheiro quando o produto é diferente”.

“Por que razão as jogadoras de futebol não ganham o mesmo que os jogadores? Porque os futebolistas são mais populares, e a diferença de popularidade entre ATP o WTA é clara nos torneios, pelo número de pessoas nos courts”, rematou o ucraniano de 29 anos, membro do conselho de jogadores do ATP.