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O ano inesquecível de Diogo Rocha e do padel português
130, 100, 80 e 70. Todos estes números obedecem a uma lógica e contam histórias. Histórias e ambições de Diogo Rocha, o primeiro jogador português a alcançar um lugar entre a nata do World Padel Tour (WPT).
Depois de uma primeira experiência em 2015, com cerca de uma dúzia de torneios internacionais jogados, Diogo Rocha conseguiu reunir condições e patrocínios para disputar de forma integral o circuito do WPT. E fê-lo com toda a determinação e capacidade de superação, especialmente quando sofreu algumas lesões e perdeu o parceiro Pincho Fernandez, que renunciou à parceria para jogar ao lado do brasileiro Chico Gomes.
Com igual mérito, adaptou-se ao novo parceiro Andoni Bardasco, encontrado graças à colaboração do selecionador nacional Juan Rodriguez e de um dos seus patrocinadores, e acabou por fazer uma temporada surpreendente. Até para o próprio jogador, confessa ao Bola Amarela, que encerrou o ano na 68.ª posição.
“Superei todas as expetativas. Tinha como objetivo entrar no top-100 do ranking mundial e, depois quando consegui, comecei a pensar no top-80 e acabo por conseguir o top-70. O que é inacreditável para quem começou como 130.º classificado”, lembra o atleta do Porto, elegendo o Lisboa Challenger o momento mais alto da época e, ao mesmo tempo, ponto de viragem.
“Até então, tinha feito bons torneios mas não estava a conseguir entrar no quadro principal e em Lisboa foi o desbloquear dessa situação. Foi nessa altura que comecei a acreditar que podia chegar mais longe”, confessa aquele que, formando dupla com João Bastos, colocou pela primeira vez a bandeira nacional num quadro principal de um evento do WPT.
E se em Lisboa chegou à segunda ronda, em outubro voltou a assinar inédito feito, mas desta vez ao aceder à grelha principal do Abanca Ciudad de A Coruna Open, tal como viria a acontecer no Keler Euskadi Open, que terminou na semana passada. Uma evolução notável e que, de certa forma, serviu igualmente para motivar outros jogadores portugueses.
Miguel Oliveira e Vasco Pascoal, por exemplo, também jogaram várias fases pré-prévias e prévias do circuito internacional e, embora não tenham alcançado resultados tão sonantes, também concluíram a época no top-100 da hierarquia mundial, dominada pelo argentino Fernando Belasteguín e o brasileiro Pablo Lima.
“Acredito que para o ano vamos ter mais jogadores portugueses a entrar em quadros principais nos eventos do WPT. O nível está mais alto em Portugal e agora já todos acreditamos que é possível. Há que treinar muito e bem. Estar bem preparado fisicamente e acredito que os resultados vão ser melhores que este ano”, afirma Rocha, defendendo que para tal é “importante ter patrocínios para jogar todos os torneios do circuito, treinar algumas vezes em Espanha junto dos melhores, em que a intensidade de treino é maior e permite ganhar outro ritmo competitivo, e treinar muito”. “Ser-se o mais profissional possível e acreditar que é possível leva-nos a batermo-nos bem contra os melhores”, acrescenta.
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