Tsitsipas: «Os adversários são todos iguais, não olho para a nacionalidade quando jogo»
As “condições estavam perfeitas para jogar ténis” e Stefanos Tsitsipas dispôs-se prontamente a passar duas horas e 37 minutos no court para atingir as segundas meias-finais consecutivas, marcando encontro com João Sousa nesta quarta edição do Millennium Estoril Open.
Um embate que se adivinha empolgante para o público português, que não vê um jogador nacional chegar tão longe desde Fred Gil no então Estoril Open, em 2010, mas que o antigo número um mundial de juniores encara como sendo mais um encontro, diante de um adversário como tantos outros.
“Não importa se o adversário é britânico ou português”, começou por dizer o número 44 mundial em conferência de imprensa. “Os adversários são todos iguais, não olho para as nacionalidades quando jogo. Concentro-me no jogador e na forma como joga, mas o mais importante é concentrar-me no meu jogo”.
Sobre a batalha travada esta sexta-feira, diante do obstinado Roberto Carballes Baena, Tsitsipas destacou a forma como se manteve firme no tie break do terceiro set, depois de ter estado a perder por 0-3. “Tentei manter-me colado ao marcador. Fui paciente nas trocas de bola e senti-me cada vez mais confiante. Ele acabou por cometer mais erros e eu fiz sete pontos consecutivos, foi incrível”, analisou.
Um final feliz que começou de forma atribulada. “No início do encontro estava frustrado, mas depois cansei-me de me queixar . A chave para a vitória de hoje esteve no facto de me ter conseguido manter calmo. Não é fácil, mas tenho de respeitar o que estou a sentir. Às vezes fico frustrado e zangado, mas tento escondê-lo, para que não me afecte psicologicamente e para evitar que o adversário se aperceba”.
Finalista em Barcelona na semana passada, Tsitsipas diz que o seu maior desafio é manter a concentração e os bons resultados. “Os jogadores agora conhecem-me melhor, sabem do que eu sou capaz e estão duplamente preparados para me defrontar”, concluiu o jogador de Atenas.