Thiem e Zverev. A rivalidade do futuro que todos querem ver já começou
“O futuro é agora”, “a próxima geração do ténis masculino já chegou”, “já temos substituta para a rivalidade Fedal”. Causadores de um conveniente jogo de ‘quem dá mais?#8217;, numa altura em que a geração de ouro da história do ténis está, inevitavelmente, na recta final, Dominic Thiem e Alexander Zverev vão fazendo tanto pelas suas carreiras como pelo alento e esperança dos adeptos da modalidade.
O que aí vem, prometem-nos eles, vai dar que falar, e de que maneira. Em abono da verdade, já vai dando, e não é pouco. “O Zverev e o Thiem estão maravilhados com que estão a fazer, e isso é bom”, disse Brad Gilbert, antigo treinador de Andre Agassi e atual comentador da ESPN, à Vogue, a quem Mischa, o mais velho dos Zverev, revelou que se tivesse de definir o seu irmão Sascha numa palavra seria “selvagem”.
“A última geração, especialmente a de Andy Murray e Novak Djokovic, foi muito profissional. Concentraram-se na perfeição. Acho que com Sascha e Dominic, e o resto da sua geração, vai ser mais criativa”, acrescentou Mischa Zverev, que viu o seu irmão andar entre o futebol e o hóquei até se ter decidido pelo ténis e se comprometer de forma total. Vai para a cama cedo e não bebe, viaja com um fisioterapeuta e com o preparador físico que transformou o esquivo corpo de Andy Murray num dos mais aptos do circuito.
Encorpado e com resistência para jogar mais torneios do que qualquer outro jogador do circuito – “no ano passado foi demasiado, fiquei cansado” -, Thiem é conhecido pelos treinos físicos pouco ortodoxos: atravessar rios durante as corridas e carregar troncos às costas. Tarefas duras que não o impedem de se assumir como uma pessoa pacata: “tenho uma personalidade calma”. Não dispensa, por isso, uma boa leitura. Gosta de ler romances e policiais escandinavos, de jogar futebol e de acompanhar o seu clube, o Chelsea.
Zverev e Thiem são atualmente os números sete e oito do ranking mundial, respetivamente, e dos poucos jogadores que derrotarem os dois grandes nomes da temporada, Roger Federer e Rafael Nadal.