Rosset arrasa tudo e (quase) todos: «Federer acabou o ano completamente queimado mentalmente»
Marc Rosset, antigo campeão olímpico (em 1992) e ex-top 10 mundial, foi entrevistado para o jornal suíço ’24 Horas’ e fez uma análise detalhada daquilo que foram as últimas ATP World Tour Finals, ganhas pelo búlgaro Grigor Dimitrov, na final ao belga David Goffin.
Muito crítico do nível de ténis produzido na O2 Arena, Rosset começou por falar… de Federer. “Ele estava completamente queimado mentalmente na parte final do ano. Desde Wimbledon que passou por uma série de coisas e notava-se que não tinha a mesma alegria a competir e a jogar. Estava sempre muito irritado. A derrota nas meias-finais não deve preocupar os seus fãs, nem a ele próprio. Vai estar bem em 2018”.
O antigo número um suíço foi arrasador com um trio de jogadores: Zverev, Thiem e Cilic. “O Zverev foi uma enorme desilusão e teve atitudes típicas da sua idade, pelo que talvez não seja muito surpreendente. O Thiem não evoluiu nada desde 2016. Há outros jogadores que foram evoluindo ao longo dos anos, mas ele não. Não melhorou a resposta, nem a esquerda, nada. No último encontro parecia até envergonhado com a figura que estava a fazer. O Cilic infelizmente foi ao Masters. Não melhorou nada nos últimos anos, é pouco agressivo e treme sempre na hora da verdade”.
Rosset lembra que o nível das ATP Finals tem sido constantemente… fraco. “Desde 2012 são muito poucos os encontros que nos lembramos como tendo sido de grande qualidade. Este ano o problema foi ainda maior devido às muitas ausências”, lembrou.
Mas nem foi mau. “Jack Sock foi uma boa surpresa, pois ninguém esperava que ele chegasse a Londres e depois todos achavam que ele ia ser o elo mais fraco. De repente… chegou às meias-finais. O Dimitrov foi o jogador em melhor forma física, parecia que estava no início do ano. E o Goffin fez um grande encontro contra o Federer”.