Rafael Nadal: «Se quero ser o melhor de todos os tempos?»
Antes de mais, vamos a factos: Rafael Nadal conquistou até ao momento 14 títulos do Grand Slam, menos três do que Roger Federer, tendo vencido nos últimos três anos pelo menos um por temporada, enquanto o jogador suíço conquistou o seu último Major há precisamente três anos. Até aqui, nada de novo, basta recuar no tempo, com recurso a uma inspeção ao palmarés dos dois, e somar um mais um. Mas e o futuro, o que terá ele a dizer?
Parece ser no que está por vir que reside a resposta à grande e controversa (e sempre injusta, diga-se) questão do ténis mundial: quem é o melhor jogador de todos os tempos? Porque se é verdade que, com o maior número de Grand Slams arrecadados e o recorde de semanas na liderança do ranking, Federer surge naturalmente no topo da lista, não menos descabida é a possibilidade de Nadal poder alcançar o suíço, principalmente no que toca a número de Majors conquistados.
Um assunto que continua a não tirar o sono ao jogador espanhol, mas, ainda que prefira esperar pelo final da carreira para fazer as contas, Nadal parece ter-se cansado de virar as costas ao assunto e, desta vez, deixou as modéstias de lado, conforme se pode ler o site Tennis World USA.
“Se me perguntarem se me quero tornar no melhor de todos os tempos, a minha resposta é, obviamente, ‘sim, eu quero’, mesmo que isso seja muito difícil de conseguir. Não sei se vai depender tudo de mim, porque não está tudo nas minhas mãos. Não é algo em que passe muito tempo a pensar. No final da minha carreira veremos qual é o meu lugar na história do desporto”.
Um final que o número três mundial não equaciona para já, mesmo que as lesões insistam em lhe dificultar a vida dentro do court.
“Tudo vai depender das minhas condições físicas e mentais. Eu divirto-me a fazer o que faço. Jogar ténis faz-me feliz, independentemente das lesões ou de qualquer outra coisa. Quero continuar a jogar ténis tanto tempo quanto conseguir”.
Nadal prepara-se para disputar o Rio Open, no Brasil, jogado sobre terra batida, o piso onde tem a oportunidade de se tornar esta temporada no único jogador da história a chegar aos dois dígitos no que a torneios do Grand Slam diz respeito. O nove vezes vencedor de Roland Garros tem pela frente na primeira ronda da prova disputado no Rio de Janeiro o jogador da casa Thomaz Bellucci.