Rafael Nadal: «Recorrer a um psicólogo é algo da minha vida privada»
Os resultados que Rafael Nadal tem conseguido nos últimos meses estão longe de corresponder àquilo que tem sido até agora a carreira do jogador espanhol. Atualmente na sétima posição da hierarquia, Rafa está ainda por conquistar um título Masters 1000 ou um torneio do Grand Slam na presente temporada mas continua empenhado a trabalhar para seguir com o seu calendário da forma mais motivada possível.
Pelo menos foi com esse estado de espírito que o maiorquino se apresentou na entrevista ao jornal MARCA, onde foram abordados os vários assuntos desde a sua presença nos Jogos Olímpicos até à possível presença de um psicólogo na sua equipa técnica. Confira aqui as principais declarações:
As especulações pela falta de resultados:
“Faço o meu caminho e não me preocupo se isso me prejudica ou não. No final, não passam de opiniões e cada um é livre de ter as suas. Há gente equivocada e gente correta, é a vida. Toda a gente tem opiniões diferentes e ainda mais quando se está na televisão. Todas elas são válidas, mas tem de haver respeito. Por vezes é isto que tem faltado”
Reflexão sobre a atual fase da sua carreira:
“Durante muitos anos ouvi coisas muito boas sobre mim, e agora não ouço coisas assim tão boas, mas não tem problema. Sei quem sou e o que fiz, bem como o que tento fazer. Quando faço tudo o que posso não sou obrigado a mais”
Sobre a continuação de Toni Nadal como treinador:
“Vejo-me a terminar a carreira com o Toni na minha equipa (…). Acho que tenho estado a fazer as coisas bem e as pessoas à minha volta também as fazem”.
Sobre a quebra da força anímica:
“Não perdi a minha força mental. O que perdi foi o controlo de mim mesmo, das emoções. Sinto-me mais ansioso, mas estou a trabalhar da mesma forma de sempre, mais ainda até. Sinto-me motivado porque o físico mo permite”
Consultar um psicólogo é algo em cima da mesa?
“Se porventura recorrer a um psicólogo seria algo da minha vida privada que não traria a público. Nunca falei publicamente de coisas pessoais. Tenho uma vida pública que é a desportiva, e a pessoal são coisas minhas. Tenho intenção de manter a minha vida privada à margem e um psicólogo faria parte desse lado”
Presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (e a possibilidade de carregar a bandeira na cerimónia de apresentação:
“Não depende de mim, mas espero ter esse privilégio. Já perdi torneios importantes devido a lesão, mas o pior de tudo foi não poder ter estado em Londres. Primeiro porque os Jogos apenas acontecem a cada quatro anos, e depois porque carregar a bandeira de Espanha me deixaria bastante contente”
Estratégia para 2016:
“Trabalhar o que temos trabalhado mas de uma maneira um pouco diferente, com coisas mais específicas. Estamos em busca de elementos que acreditamos ser úteis para começar o ano que vem com opções diferentes. Estou contente com a forma com que temos vindo a trabalhar e espero que os resultados comecem a vir”.
Bullet points igualmente relevantes:
- Rafael Nadal planeia jogar uma vez mais no Rio de Janeiro antes de seguir para Indian Wells
- Não fecha a porta a uma dupla de pares mistos com Garbine Muguruza e de pares masculinos com Fernado Verdasco nos Jogos Olímpicos
- Ao contrário de Andy Murray, Roger Federer e Novak Djokovic, ter filhos não é algo que está nos planos próximos Nadal enquanto continuar a viajar pelo mundo em competição