Quem vai sair das sombras? Dez tenistas que podem surpreender tudo e todos em 2022
2021 trouxe-nos algumas surpresas, com jogadores como Aslan Karatsev ou Jenson Brooksby a saírem praticamente do anonimato para alcançarem grandes resultados. Todos os conhecem nos dias que correm, pelo que o exercício difícil é tentar descobrir quem vão ser os Karatsevs e Brooksbys de 2022! Aqui deixamos a nossa tentativa, com uns jogadores mais mediáticos do que outros, todos com muito talento e capacidade para dar que falar na nova temporada.
Holger Rune
Com apenas 18 anos, o antigo número um mundial de juniores viveu um ano especial e ficou a bater à porta do top 100, ao terminar no 103.º lugar. Fez dois ‘quartos’ no ATP Tour, conquistou quatro Challengers e ainda roubou um set a Novak Djokovic na primeira ronda do US Open. Tem talento para escalar a tabela e ser mais um jovem a morder os calcanhares aos jogadores mais fortes.
Tomás Martín Etcheverry
Vimos pouco do argentino de 22 anos no ATP Tour, já que fez apenas três encontros em quadros principais, mas isso também se deveu a uma subida gradual no ranking. Agora como número 130 do mundo, o argentino tem apresentado um ténis interessante que lhe valeu a conquista de dois Challengers em 2021, mostrando-se muito consistente em terra batida, com mais uma série de meias-finais.
Tomas Machac
Pode ser o novo menino bonito de um ténis checo que perdeu Tomas Berdych no ATP Tour. Aos 21 anos, ocupa o 143.º posto do ranking mundial e conseguiu dar nas vistas em 2021, com um título Challenger e uma final perdida, além de ter vencido os seus dois encontros nas Davis Cup Finals, frente a Daniel Evans e Richard Gasquet. Não seria estranho vê-lo a rasgar o top 100 e a aparecer consistentemente nos quadros do ATP Tour. Tem ténis para isso…
Stefan Kozlov
Ainda tem apenas 23 anos, mas vive uma segunda vida no ténis profissional. Era considerado um dos jovens mais promissores do Mundo, mas alcançou o seu ranking mais alto em 2017 (115.º) e tudo se complicou desde então. No entanto, a reta final de 2022 mostrou um Kozlov bem diferente, com três títulos Challenger em quatro finais desde setembro, algo que lhe vale 159.º posto. Parece apostado em aproximar-se de novo das expectativas que tinham para a sua carreira.
Kacper Zuk
Com Hubert Hurkacz a entusiasmar na Polónia, este rapaz de 22 anos deu um pulo considerável para quem estava fora do top 250 e acabou como 168.º. Tecnicamente tem todas as armas para vingar ao mais alto nível, mas falta-lhe alguma consistência. Se encontrar esse equilíbrio, como aconteceu nas caminhadas em dois Challengers – um título e um final em 2021 -, Zuk pode começar a dar que falar.
Chun-hsin Tseng
Todos sabem quem é Jason Tseng, um dos melhores juniores dos últimos tempos. Mas a verdade é que foi em 2021 que finalmente se começou a aproximar do destino que lhe traçaram quando dominou completamente o circuito sub-18. Fechou o ano com a final do Maia Open I e o título no Maia Open II, saltando para o 188.º lugar, o melhor ranking da carreira. Tem ténis para estar bem acima dessa posição e 2022 pode ser o ano de grande afirmação aos 2o anos.
Zizou Bergs
O final de ano não foi propriamente famoso, mas o belga mostrou o que valia com três títulos no circuito Challenger e a entrada no top 200. É mais um tenista talentoso com armas e poder de fogo para se destacar noutros voos. Tem uma grande capacidade de trabalho e mostrou-se à altura do desafio ao vencer na estreia absoluta no ATP Tour. Atenção a este miúdo de 22 anos.
Nuno Borges
Como deixar de fora a prata da casa? Nuno Borges viveu um ano fantástico em 2021, mesmo com duas lesões a tirarem-no dos courts durante vários meses. Disparou para um título em três finais no circuito Challenger, furou o top 200, vai estrear-se em torneios do Grand Slam e teve um brilharete no Millennium Estoril Open, onde passou o qualifying, uma ronda do quadro e deixou Marin Cilic em apuros. Sonhar com o top 100 em 2022 está longe de ser descabido.
Flavio Cobolli
Nos dias que correm, vira-se uma pedra em Itália e sai de lá um jovem tenista cheio de talento. Cobolli é mais um a juntar-se à entusiasmante nova geração do ténis transalpino, estando numa fase em que vai à procura de afirmar o seu nome no circuito Challenger. Aos 19 anos, é o número 205 do ranking ATP e já conseguiu alguns resultados interessantes, como duas finais perdidas. É extremamente talentoso.
Dominic Stricker
Este esquerdino cheio de poder de fogo já teve a honra de treinar com Roger Federer, sendo que ainda tem de trabalhar alguns aspetos especialmente a nível mental, já que ainda se perde um pouco nos encontros quando as coisas correm mal. No entanto, as pancadas são carregadas de potência e já deu um ar da sua graça ao chegar aos quartos-de-final do ATP 250 de Genebra, ao bater Marin Cilic e Marton Fucsovics. É número 246 do ranking ATP mas, aos 19 anos, tem ténis para estar muito mais acima.