Presidente da ATP defende calendário e pede aos tenistas que joguem… menos exibições
Andrea Gaudenzi, presidente do ATP Tour, respondeu em uma entrevista ao jornal francês L’Equipe às críticas feitas nos últimos meses pelos tenistas em relação ao calendário de torneios e revelou as medidas adotadas pela entidade.
Gaudenzi justificou as recentes alterações em alguns Masters 1000, que passaram de 7 para 12 dias de duração, e sugeriu que os tenistas optem por jogar menos exibições para ter mais dias de descanso: “Não é como no futebol ou no basquete, onde os jogadores são contratados por um clube. Os nossos jogadores são autônomos e podem decidir seus próprios horários. Sim, o ranking os obriga a jogar, mas isso depende principalmente dos torneios mais importantes, os Grand Slams, os Masters 1000 e as ATP Finals. Decidimos fortalecer os Masters 1000, mas, neste novo formato (12 dias), quem chegar à final disputa apenas uma partida a mais do que no formato anterior. Além disso, alguns jogadores optam por fazer muitas exibições fora do circuito. Isso não é visto em outros esportes. A questão é se você investe no circuito ou fora dele. Encurtar a temporada? Sim, mas, para isso, seria necessário reduzir o número de torneios ATP 250. Os jogadores também podem decidir jogar menos exibições e passar mais tempo descansando.”
Gaudenzi voltou a apelar à união: “Todos devem sentar-se à mesa: a ATP, a WTA, os Grand Slams (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon, US Open), a ITF (Federação Internacional de Tênis). Para mim, é a única forma de manter o tênis vivo. Estamos trabalhando por uma grande união. Ainda não é um acordo fechado, mas há definitivamente uma aproximação com a WTA para unir recursos.”