Polémica em torno da ATP Cup: tenistas explicam por que razão se opõem
É já em janeiro de 2020 que o ATP Tour estreia na Austrália uma nova competição de seleções masculinas, a ATP Cup. A prova contará com cinco jogadores de cada um dos 24 países qualificados e distribui pontos ATP e prize-money, mas há uma situação nas regras que está a gerar (muita) polémica.
É que o ranking ATP é composto pelos 18 melhores torneios de cada jogador (os Grand Slams e 8 dos 9 Masters 1000 entram obrigatoriamente), sendo que apenas os oito qualificados para as ATP Finals podem adicionar essa prova como 19.º torneio bónus, como prémio de se qualificarem para o evento. Agora, o ATP quer abrir uma nova exceção para a ATP Cup. Ou seja, todos os pontos conquistados pelos tenistas que participarem na prova vão entrar na classificação, mesmo que essa soma não integre os seus 18 melhores torneios.
Quer isto dizer que um tenista como Roger Federer, Novak Djokovic ou Rafael Nadal, que jogam as ATP Finals e a ATP Cup, têm 20 torneios contabilizáveis para o ranking, ao passo que João Sousa, por exemplo, que deverá ficar fora da prova, tem apenas 18. Nicolas Jarry, 78.º do ranking e que se qualifica com ajuda de Christian Garin, poderá contabilizar 19, mais um do que o vimaranense que está alguns lugares à sua frente.
A denúncia foi feita por tenistas que estão numa situação diferente de Sousa, como norte-americanos, australianos ou espanhóis, que apesar de terem bons rankings muitos deles não poderão participar na prova (e somar pontos) porque não estão entre os melhores tenistas dos respetivos países. Nesse caso específico, são prejudicados pelo facto de o seu país… ser demasiado forte.
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