“Depois de Wimbledon fui de férias para o Mónaco, tentei treinar um pouco mas depois foi-me diagnosticada mononucleose, o que me dificulta os treinos. Muitas das coisas que me aconteceram após o título em Madrid fazem agora mais sentido depois de descobrir que tinho a doença. Mas não quero dar desculpas”, confessou a checa em declarações ao WTA.
Apesar da doença, que acabou (até ver), com a carreira de Robin Soderling, por exemplo, e afetou ainda Roger Federer, Christina McHale ou Heather Watson, Kvitova poderá continuar a jogar. “O meu médico deu-me autorização para jogar, mas é claro que tenho de ter cuidado, nos encontros e nos treinos.”
A mononucleose é transmitida através da saliva e daí ser conhecida como a doença do beijo, apesar de haver outras formas de contaminação (loiça mal lavada, por exemplo). A checa mantém-se em prova no Premier de Toronto, onde é terceira pré-designada, e vai medir forças com a vencedora do duelo entre Victoria Azarenka e Elina Svitolina na segunda ronda.
Outras vítimas da “mono”
Desde o circuito ATP ao WTA, muitos têm sido os jogadores com as carreiras pendentes ou terminadas devido a esta doença. Ora saiba de alguns deles:
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A confirmação oficial nunca chegou à imprensa, mas diz-se que Roger Federer terá jogado o Open da Austrália de 2008 infetado com mononucleose. Acabou eliminado nas meias-finais por Novak Djokovic
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Andy Roddick foi infetado pela doença do beijo no verão de 2010 depois de ter admitido que andava mais cansado do que o normal
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Jarmila Gajdosova foi diagnosticada com “mono” em abril de 2013 e desde aí que se manteve afastada do circuito durante seis meses, tendo ainda vários altos e baixos depois do seu regresso
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Já Christina McHale descobriu que tinha este doença no outono de 2012, depois dos Jogos Olímpicos. A norte-americana encerrou a temporada com quatro derrotas consecutivas e admitiu que terá sido um erro competir enquanto ainda não estava a 100%
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Lembra-se de John Isner em Roland Garros de 2009? Ou em Wimbledon? Provavelmente não, pois o gigante norte-americano estava demasiado ocupado a combater a mononucleose.
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A jovem promessa britânica Heather Watson pensou que tudo não passava de uma febre glandular, mas era mesmo nomonucleose. Esteve afastada cerca de um mês entre abril e maio de 2013
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A “mono” atingiu Jelena Dokic já em 2009. A croata diz que mal conseguiu andar durante dois longos meses
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Mario Ancic é até ao momento o caso mais flagrante de como a mononucleose pode deitar a carreira de um jogador por água abaixo. O jogador fez várias tentativas de regresso entre 2007 e 2010 mas nunca chegou a ser bem sucedido…
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Ele planeia regressar em 2016 mas ainda não há certezas de nada. A verdade é que, desde 2011, Robin Soderling tem passado maus bocados com a mononucleose.