Peniston bateu Ruud mas a grande vitória foi ter fintado a morte e sobreviver a um cancro
Ryan Peniston surpreendeu tudo e todos no Queen’s Club, ao bater Casper Ruud para somar um triunfo marcante. A questão é que esta não foi a maior vitória da carreira deste britânico de 26 anos, que hoje em dia é o número 180 do ranking ATP. É que, com apenas um ano, superou um cancro que quase lhe tirou a vida.
Peniston foi diagnosticado com um rabdomiossarcoma, um canco dos tecidos moles, que superou com uma operação e quimioterapia, sendo que depois do segundo aniversário foi considerado completamente curado. No entanto, isto teve impacto direto na sua vida, uma vez que o crescimento foi muito afetado.
“O motivo de eu ter sido tão baixo até aos 16 foi a quimioterapia. Quando era criança não estava consciente da situação extrema que vivi. Nos últimos dez anos foi quando investiguei mais o que se passou comigo. Perguntei muito aos meus pais e para eles foi muito duro falar dessa fase. Sabemos que o meu exemplo é importante para as famílias que lutam contra este problema. Há esperança”, considerou ao site do ATP Tour.
Certo é que o que superou lhe dá muita força. “Quando tenho um dia mau ou algum problema penso que estive muito perto de morrer há 25 anos e que tudo o que estou a viver é uma prenda. Tento divertir-me e relaxar, qualquer que seja a situação com que lido. Ser consciente da odisseia que passei enquanto criança ajuda-me a relativizar tudo na vida”, confessou.
Certo é que agora se prepara para defrontar Francisco Cerundolo, indo à procura de cravar o nome nos quartos-de-final do ATP 500 do Queen’s Club.
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