Benoit Paire: «Criou-se a ideia de que sou idiota e malcriado, mas não sou assim»
Faz por estes dias um ano que o Benoit Paire admitiu, em entrevista ao L’Equipe, que mantinha sem qualquer espécie de remorso a sua condição de “bad boy”: “prefiro ser como sou do que estar no top-10 e não entrar em nenhuma discussão”.
Depois de uma temporada particularmente produtiva em incidentes polémicos, o gaulês de 27 anos parece ter, de alguma forma, mudado de ideias. Ao mesmo jornal, Paire, que tem tanto de talentoso como de irreverente, confessou esta semana que a ideia negativa que se criou dele, afinal, não o deixa assim tão indiferente.
“Tudo aquilo que li e que as pessoas pensam de mim, não sou eu”, disse Paire. “Sou um tipo simpático, e este ano criou-se a ideia de que sou um idiota, malcriado e antipático, mas não sou nada disso. Importo-me com a ideia de que os outros têm de mim, por isso quando chego a casa não consigo ser feliz”.
O número 45 mundial coloca a mão na consciência no final de uma época que começou consigo convenientemente instalado no top-20. “Cometi erros na forma como me expressei, entre outras coisas. Disse algumas coisas desnecessárias. Vou tentar aprender com isso para não voltar a repetir. Emocionalmente, isto é muito triste”.
A expulsão da comitiva olímpica francesa, por mau comportamento durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, foi um dos casos mais controversos em que o semifinalista do Millennnium Estoril Open se viu envolvido este ano. O castigo imposto pela Federação Francesa segue até ao final de Fevereiro.