Especial Óscares: Separados à nascença
Mais logo, quando as cintilantes estrelas de Hollywood meterem os luzidios sapatos na passadeira vermelha, antes de ocuparem as cadeiras do Dolby Theatre, em Los Angeles, envergando os glamorosos vestidos e os fatos por medida, não se admire se der por si a tentar encontrar semelhanças entre o actor que discursa com o Óscar na mão e alguns dos astros do ténis que está habituado a ver de ténis e testa coberta de suor.
Não está a ver onde queremos chegar? Não é para menos, porque, à primeira vista, a única coisa que os artistas da sétima arte e os das raquetes têm em comum é, precisamente, a falta de pontos em comum.
Uns conquistam ovações e troféus de forma dura e crua, os outros fazem-no usando os mais ilusórios e dissimulados estratagemas; uns são sobretudo físico, os outros essencialmente intelecto; uns são obrigados a confrontar-se consigo próprios continuamente, os outros vivem constantemente camuflados no corpo de outros personagens.
Podíamos ficar aqui a noite toda, mas vamos ao que interessa: às pouco prováveis mas reais semelhanças entre atores e tenistas. Há o talento que de pouco vale sem o intenso e incessante trabalho, o querer dar tudo em cada atuação, as constantes e inevitáveis falhas até ao sucesso, a disciplina com que regem o seu percurso e os palcos, os grandes palcos por que todos se esfalfam para pisar.
E, depois, há as semelhanças físicas. Aquelas que saltam de imediato à vista (não nos diga que nunca tinha visto um “quê” de Robert Pattinson em Gilles Simon) e as que precisam de mais alguns segundos (minutos?) de contemplação (Roger Federer e Quentin Tarantino, precisamente). Mas do que é que estamos a falar, afinal? Faça scroll down, enquanto aguarda pela 90.ª cerimónia de entrega dos Óscares, e descubra com os seus próprios olhos.