“É por isto que sou o número 12”, diz Norrie após evitar derrota para 191 do mundo
Cameron Norrie sofreu e sofreu, mas conseguiu se classificar para as quartas de final do ATP 250 de Buenos Aires após derrotar Facundo Diaz Acosta, número 191 mundial, nesta quarta-feira (15).
O britânico venceu em três horas de jogo, em duelo em que o jovem argentino até serviu para fechar em dois sets. Foi difícil, e Norrie sabe que pode fazer mais e melhor.
ANÁLISE DA VITÓRIA
Sinceramente, não creio que tenha sido um grande jogo da minha parte, não estive lá muito bem nas coisas básicas, o serviço e o resto. Se tivesse o mesmo jogo, ia encará-lo de uma forma diferente. Demorei muito tempo a encontrar o ritmo do encontro. Joguei ao melhor nível quando foi necessário, joguei um bom tie-break. Houve um grande ambiente, ainda que a maioria tenha apoiado o meu rival. Amanhã preciso voltar a treinar e trabalhar em tudo.
CONDIÇÕES DE JOGO
Não estava a pensar muito sobre a quadra. As trocas de bola em saibro são geralmente assim. A quadra estava boa, não houve nenhum mau ressalto. Fizeram um grande trabalho. Está muito melhor que há quatro anos quando vim jogar. Preciso melhorar em tudo no saibro. O meu jogo em saibro precisa de um melhor serviço e devolução. Tomei muitas decisões ruins. Tenho que me comprometer com o meu estilo habitual. Adoro a Argentina e queria voltar aqui. O próximo Grand Slam é Roland Garros, quero jogar bem nos grandes torneios, por isso, preciso de melhorar muito o movimento em quadra para ter opções.
ÀS PORTAS DO TOP 10
O Facu (Díaz Acosta) não tinha nada a perder e começou a sentir a pressão quando estava por cima do placar. Eu comecei o ano com mais vitórias que a maioria dos tenistas do circuito e entrei com isso em mente. Sou capaz de jogar ao meu melhor nível nos momentos mais importantes, é por isso que sou número 12 do mundo. Sinto que preciso fazer isso nos grandes cenários. Creio que funciona a classificação. Os melhores conseguem jogar ao melhor nível nas fases finais dos Masters e Grand Slams.