Nadal recusa ser um exemplo mas garante: «Seria mau partir raquetes, como outros fazem»
Antes de arrancar a temporada, poucos achavam possível mas o que é facto é que Rafa Nadal está a ter o melhor início de ano da carreira e já vai em três títulos conquistados, o último dos quais no ATP 500 de Acapulco.
Foi um título que surgiu para o espanhol que não cedeu qualquer set. “É uma vitória de prestígio por ser um ATP 500. O meu serviço funcionou muito bem e, tirando algumas coisas como na hora de fechar o encontro, joguei com ofício em muitos momentos, porque era uma final e, por vezes, há que encontrar os momentos para dar o golpe final. O que fiz melhor foi ganhar e aproveitar os momentos maus do meu adversário. Estou com uma dinâmica positiva e isso ajuda muito”, explicou em conferência de imprensa.
Este início de ano vem comprovar o exemplo que Nadal é enquanto desportista, ainda assim, o maiorquino recusa ficar com esse estatuto de modelo a seguir.
“Para ser honesto, não há ninguém que seja um exemplo em todos os sentidos. Todos cometemos erros, o importante é que não sejam grandes e que não se repitam. Gosto muito do que faço e nós, tenistas, temos sorte. Fiz o que era um dos meus hobbys de quando era pequeno no meu trabalho e tive muito êxito. Seria mau da minha parte ter uma atitude mais negativa ou partir uma raquete como outros fazem”, admitiu.
“Há muita gente que passa mal neste mundo, eu não posso estar chateado e não valorizar a sorte que tenho em ser jogador profissional. Recebi este tipo de educação desde pequeno. Tive capacidade de auto controlo mesmo quando as coisas não corriam bem”, frisou.